28 de setembro de 2009

As Instalações do Centro de Equoterapia


Instalações
A estrutura de um Centro de Equoterapia deve respeitar as normas de acessibilidade da ABNT proporcionanto um ambiente interativo ao praticante . Contudo é de grande importancia a observação de normas gerais referentes ao manejo , trato , estabulagem e trabalho dos cavalos .
A construção tecnica das instalações , baias e pista de atendimento reflete a preocupação e o respeito referentes às normas de segurança , a ciência do Metodo Equoterapia e o respeito ao cavalo .
BaiasO ideal para Equoterapia é a medida de5 x 3,5metros , a altura livre de quaisquer elementos construtivos não deve ser inferior a 3,50 metros e os cochos de alimentação e água devem estar a 0,90 metros do piso e devem ser executados em alvenaria com reboco de cimento e areia grossa e acabamento em cimento queimado; com arestas e vértices arredondados. A porta deve conter divisória, porta/janela e essa janela deve estar a 1,20m (a altura ideal para o cavalo ter contato com o mundo fora da cocheira) . A baia deverá ser bem ventilada e a cobertura feita preferencialmente por telhas de barro, que tem maior conforto térmico do que as telhas de cimento amianto.
Quarto de feno e ração
O local deve ser bem arejado e fresco, o que evita a formação de bolores nos alimentos. A limpeza periódica do quarto de ração evitará a aproximação de insetos e roedores, que poderiam transmitir doenças. A estocagem dos alimentos deve ser feita em função do período em que os alimentos serão consumidos. Sendo assim, o último a chegar no estoque tem que ser o último a ser usado, consumindo-se sempre os produtos estocados a mais tempo, desde que não estejam deteriorados.
Quarto de sela
O quarto de sela deve ser um local organizado e limpo, visto que será utilizado por várias pessoas. Convém que as selas fiquem em cabides ou cavaletes de madeira, assim como as cabeçadas deve ter seu local apropriado. É interessante que o quarto de sela também seja um local bem arejado, a fim de evitar a formação de fungos (mofo) no couro das cabeçadas e selas. As mantas podem ser deixadas ao sol durante uma parte da manhã para que sequem bem.
Lavadores
Os locais designados para os banhos dos animais deve ser seguros tanto para os animais como para o tratador. O piso deve ser levemente abrasivo ou com borrachas, deve haver argolas ou amarradores resistentes para amarrar os cavalos, e boa drenagem.
No sistema de argola central, temos dois moirões distantes de 1,5 a 2 metros, e em um dos moirões é fixada uma corrente com argola, que, esticada lateralmente, posicionará a argola na metade da distância entre os moirões; a ponta do cabresto é passada pela argola e fixada no moirão oposto.
Segurança
Deve-se estar atento aos riscos de acidentes com cercas frouxas, portas de cocheiras mal fechadas, arames de cercas frouxos e embarcadouros inapropriados. Lonas plásticas, sacos de ração levados pelo vento podem levar o cavalo a se assustar repentinamente, levando o animal a estirar quando amarrados ou virarem bruscamente na cocheira ou piquete. Nas baias não devem estar expostos fios elétricos ao alcance do animal, e nunca entrar com cigarro em baias com cama de serragem ou feno.
É importante se aproximar com cautela de cavalos desconhecidos, pensando na hipótese de coices ou mordidas. Esses acidentes podem ser evitados quando se lança a cabeçada por cima do pescoço do cavalo e cuidadosamente faz-se o cabresteamento, ficando o animal devidamente contido.

MovimentaçãoCuidados especiais devem ser tomados quando se amarra um cavalo. Para evitar que estes se machuquem ou firam o tratador se tentarem estirar, o nó aplicado ao cabresto deve ser de um tipo que se desfaça facilmente, do tipo em que ao se puxar uma ponta da corda, o cavalo esteja solto.
Quarto de Medicamentos
Deve-se ter sempre às mãos alguns medicamentos para realizar pequenos curativos, seguindo sempre a orientação de um veterinário. Estes medicamentos devem ser mantidos em local arejado e fresco. Quanto ao modo de administrar o remédio, siga sempre a orientação do médico veterinário, evitando ouvir “conselhos” de pessoas leigas, que mesmo com a melhor das intenções podem estar enganadas.

Pista de AtendimentoA pista de atendimento dever seguir os padrões mundiais das pistas pequenas de dressage, medindo 20 x 40 metros contento um sistema de lettering em torno de sua parte externa na ordem A-K-E-H-C-M-B-F (sentido horário) e letras invisíveis ao longo da linha central, D-X-G .As letras devem ser fixadas fora da pista, a cerca de 50 cm desta e perfeitamente visíveis para praticantes e terapeutas e a linha do meio em todo o seu comprimento e os três pontos D, X e G, um metro para cada lado, devem ser marcados no terreno de forma discreta (utilizar um rodo, um rolo ou um ancinho).
A medida padrão deve ser adotada por respeitar o limite de flexionamento da coluna do cavalo ao realizar curvas sem andar em duas pistas . Em círculos menores que 5 metros o cavalo realiza seus movimentos de forma que seus anteriores percorrem um caminho diferente de seus posteriores , traçando linhas paralelas de apoio deturpando o movimento tridimensional e o equilíbrio do praticante . A presença do lettering possibilita ao terapeuta trabalhar seqüências lógicas de manobras e figuras de pista , o praticante pode localizar-se sobre o plano e o guia pode executar as mudanças de direção de forma lógica .
O piso deve ser de areia , grama ou terra batida . O terreno cercado permite maior concentração durante as sessões .

O referente as rampas de acesso e demais instalações constam no site da Associação Nacional de Equoterapia ANDE –BRASIL www.equoterapia.org.br

Vistoria Geral dos Cavalos de Equoterapia


Antes de iniciarem as sessões de Equoterapia , é aconselhável que se faça uma verificação do s cavalos , das instalações a serem utilizadas e dos materiais . A checagem deverá fazer parte da rotina diária, levando em conta que é sua familiaridade com o normal que o habilitará a detectar os primeiros sinais de anormalidade.


Aparência geral das cocheiras
Enquanto se caminha pelo corredor até a baia dos cavalos ,observe e absorva a impressão geral do lugar. Está limpo e varrido? E os cavalos , estão olhando pelas portas, atentos e espertos, demonstrando assim, saúde e disposição, em vez de indiferença ou até medo do mundo que os rodeia? Ao entrar na baia, qual a primeira impressão, e principalmente o primeiro cheiro - de serragem seca e cavalo limpo, ou de vapores de amônia e "cavalo molhado"?
A situação da cama
A serragem deve estar seca não só na superfície porém também em profundidade. A presença de placas "ocultas" de urina e serragem molhada indica uma limpeza deficiente nas baias. Uma boa profundidade de serragem é de 20-30cm e o mínio aceitável, 10cm. O cocho de água está limpo? E o de ração?
O estado geral do cavalo
Olhe para o cavalo como se estivesse vendo pela primeira vez na vida, e pergunte-se: ele está feliz e saudável? Ele confia nas pessoas ou está receoso com alguma coisa? Se alguma dessas respostas for negativa, você tem problemas a resolver. Repare principalmente no brilho do pêlo, se o animal é curioso e amistoso em relação a você, e se ele tem apetite. Todo cavalo saudável é guloso, mesmo que tenha acabado de comer a ração. Ele sempre deverá se interessar por alguma guloseima, açúcar, cenouras ou uma maçã. Aliás, trazer sempre um petisco para seu cavalo ajudará a fazer com que ele conheça e goste de você.
Estado das pernas do cavalo

Após este primeiro exame visual, passe a uma rápido exame físico, começando pelas pernas. Observe se as quatro pernas estão "secas",ou seja, sem aumento de volumes anormais para aquele animal, especialmente na área de boletos e tendões. Se o cavalo estiver em posição de descanso - com um dos posteriores flexionado - anime-o a dar alguns passos, dentro da baia mesmo,e observe se ele distribui o peso por igual sobre as quatro patas no momento em que ficar parado novamente .
Os Materiais
Observe a condição das mantas , cilhões , fivelas e barrigueiras . Os materiais de couro não devem estar ressecados assim como os materiais de ferro não podem apresentar sinais de ferrugem . Todo o material que contem elastico deve ser testado antes de todo atendimento , evitando assim seu rompimento inesperado . Os estribos e loros devem sempre ser verificados .
Com relação aos materiais de proteção individual a atenção deve ser redobrada . Casquetes , luvas e protetores devem ser utilizados somente se não apresentarem desgaste excessivo ou qulquer sensação de desconforto .

Os Vícios de Comportamento


Os vícios são más qualidades morais que depreciam, parcial ou totalmente, o animal para fim determinado.O homem que apaixona-se de entusiasmo e afeição pelo cavalo deve conhecê-lo a fundo, no tocante às suas más qualidade, para poder penetrar no seu sentimento e ficar sabendo das suas intenções. É, sem dúvida, do perfeito conhecimento dos defeitos e vícios, que se aquilata o valor real do animal.Admite-se que grande parte dos vícios tenha origem hereditária, enquanto outros são causados por certas moléstias, pela ociosidade ou por uma iniciação mal feita.

São os principais vícios ou manias :

Bolear : é o vício no qual o cavalo empina, atirando-se bruscamente para trás, cai de costa ou de flanco. Preconiza-se como correção para esse vício o empregado da "gamarra".

Corcovear : é o vício de saltar repetida e desordenadamente, arqueando o dorso e baixando a cabeça, com o objetivo de derrubar o cavaleiro ou livrar-se dos arriamentos.

Escoicear : é o golpe brusco dado, geralmente, para trás, com um ou com os dois posteriores, podendo ser de uma ou repetidas vezes.O cavalo, no ato de aplicar o coice, em geral, murcha as orelhas e abaixa a cabeça.

Manotear : é o golpe brusco e agressivo dado com os anteriores. Assemelha-se ao coice, mas tem menor importância.

Morder : o vício de morder decorre de má índole, caráter irascível, vingança ou represália por maus tratos. Há cavalos mordedores que investem agressivamente contra o homem, tomando uma atitude características: cabeça estendida, orelhas murchas, olhar típico, boca aberta ou semi-aberta, com os incisivos à mostra e lábios contraídos. Este vício pode ser corrigido com a realização de um trabalho contínuo do animal, feito com paciência e bons modos.

Passarinhar : certas cavalos assustadiços estacam bruscamente sobre os posteriores e atiram-se para a direita ou para a esquerda. As "passarinhadas" maliciosas podem ser reprimidas com o castigo, isto é, com a ajuda de pernas, esporas, rédeas e chicotadas, de acordo com a intensidade do gesto e o temperamento do animal.Quando praticadas pelo susto ocasional, há necessidade de, carinhosamente, fazer o animal volta à calma, "reconhecer", objetivo de maneiro a perder o medo.

Negar Estribo : é o vício que se expressa pelo fato do animal oferecer dificuldades de toda a espécie ao cavaleiro, para que este não consiga montar. Consegue-se remover este vício com paciência.

Disparar, tomar o freio ou "cavalo desbocado" : são vícios mais ou menos semelhantes, apenas com pequenas diferenças no gesto, na intensidade da ação, caracterizados todos pela desabalada carreira que o cavalo toma até o senso de conservação, que o leva de encontro a tudo, sem atender ao freio, mesmo fortemente apoiado nas barras. São causas favoráveis ao surgimento do vício de disparar:Emprego inoportuno de esporas e chicotes;Contínua "chupetadas" na boca; Instabilidade do cavaleiro na sela; Peso excessivo nos rins;Susto ocasionado pelo aparecimento brusco de qualquer objeto. Corrige-se este vício com o emprego de freios e cabeçadas especiais, através de trabalhos contínuos e bem orientados.

Estirar : é o recuo do animal amarrado, praticado com violência, no intuito de livrar-se pela ruptura da cabeçada ou do cabo que o prende. Combate-se este vício por meio de carinho, afagos no pescoço, peito, etc., ou pela retenção por buçal forte.

Empacar e Recuar : são vícios que aparecem simultaneamente, isto é, no empacar o animal (principalmente os muares), este firma manhosamente as patas, nega-se a prosseguir e, sendo acossado, geralmente recua. Este vício pode Ter origem nas fortes dores da espinha dorsal, nas más condições de conformação dos membros, nas variadas lesões do organismo, na doma defeituosa, na falta de trabalho, etc.

Refugar : é a balda que consiste em não querer passar por um determinado lugar, mesmo quando forçado: empaca, recua, desvia por um lado ou "vira nos pés", disparando parra trás.

Masturbar : certos cavalos inteiros, notadamente os potros puro sangue inglês, batem a verga em ereção de encontro ao próprio ventre ou a esfregam, repetidas vezes, entre as axilas, no encurvamento do corpo, até provocar a ejaculação. É um vício grave pelo fato de levar o animal ao esgotamento. Este vício corrige-se pela aplicação de uma cilha provida de tachas com pontas aguçadas voltadas para baixo, na parte correspondente ao ventre.

Cavar o Solo e Ostentação Contínua :são vícios parecidos, comuns em animais de temperamento excessivamente nervoso, que aparecem pela ociosidade.

Birra : é o vício que o cavalo tem de morder os objetos que o cercam: as peças dos arreamentos, a manjedoura, a porta do boxe, o palanque de amarrar, etc. Este vício provoca, dentre outros malefícios, o desgaste excessivo dos dentes incisivos. No início, este vício pode ser corrigido pela adoção das seguintes medidas:Impregnar os objetivos que estão ao alcance dos dentes com substâncias medicamentosas ou com condimentos (pimenta, mostarda, etc.), de mau gosto; Evitar a estabulação excessiva; Manter em boas condições o nível de volumoso na dieta;Evitar o emprego de volumoso peletizado ou fenado, somente.

Geofagia e Coprofagia: são os vícios de comer terra e excrementos, respectivamente. Quase sempre estes vícios são devidos a uma ou mais dessas causa ;Deficiência de minerais na alimentação; Verminose; Estabulação excessiva.

Aerofagia (engolir ar) : é o vício de fixar a boca sobre um corpo sólido, contraindo espamodicamente a musculatura envolvida na deglutição, para engolir e rejeitar o ar, o que produz um ruído característico de arroto. A aerofagia, no início, pode ser evitada pelo uso de mordaças especiais ou de coleiras no pescoço.

Incensar : é o vício que se traduz por movimentos repetidos de flexão e extensão da cabeça, acompanhados, não raras vezes, com o raspar do solo pelos anteriores.
Este vício pode ser corrigido pelo trabalho metódico e progressivo e por evitar-se a estabulação excessiva do animal.

Estufar : é o vício de estufar a barriga no momento em que se aperta a cilha, de modo que a sela afrouxa-se tão logo o animal relaxe os músculos do ventre.
Evita-se esta atitude, fazendo o animal dar um passo.

Deitar como vaca : é o vício de descansar em decúbito externo-costal, com os membros anteriores voltados exageradamente para baixo do corpo; porém de tal maneira que o tacão interno da ferradura, pelo constante atrito no codilho, dá nascimento a um higroma nessa região, que toma o nome de "codilheira", como vimos anteriormente.

Encapotar ; é o vício de colocar a cabeça baixa, com o focinho quase tocando o peito, dificultando a ação do freio e ocultando ao animal o que lhe esteja na frente.

Mesquinho : é o vício de não deixar colocar a cabeçada ou pegar na cabeça.

Língua Pendente :é o vício de manter a língua fora da cavidade bucal, que é deselegante e prejudicial à saúde.

Língua de Serpentina : é o vício de pôr e tirar a língua para fora da boca, causando ferimento, perda de saliva, dificuldade de mastigação e de apreensão da forragem.

Quebra Nozes : é a vício de bater os lábios, superior e inferior, produzindo um ruído típico, comparável àquele do aparelho "quebra-nozes".

Não deixar ferrar , atrelar ou limpas :são vícios cuja gravidade está na sua maior ou menor intensidade, variando com o temperamento de cada animal.
A habilidade no manuseio diário poderá corrigi-los com presteza.

Tique ou Birra de Urso : lembra o movimento característico do urso: oscilação ritmada da cabeça e do pescoço, acompanhada de apoio alternado dos membros anteriores dentro do mesmo compasso. O animal adquire este vício por impaciência ou por irritação. Este vício é também conhecido por "tique pendular", pela semelhança dos movimentos anormais como os do pêndulo. São causas freqüentes deste vícios:Viagens marítimas por muitos dias;Animais gulosos, por impaciência em aguardar o horário do arraçoamento;Imitação de animais que já possuem i vício;Estabulação excessiva. A correção desse vício, às vezes, é obtida pela imobilização do animal na baia. A correção da estabulação excessiva é sempre muito benéfica.

Cavalo – Gavião : é o vício que o animal adquire de disparar pelos campos, tornando-se arisco e matreiro, a fim de fugir ao trabalho ou a recolhida, de modo que para prendê-lo, só mesmo a laço ou com artimanhas.

Escabecear : é o vício que se traduz por movimentos repetidos e exagerados de elevação da cabeça, executados nos diversos andamentos. Corrige-se pelo emprego de cabeça provida de "martingal" ou "gamarra".

Comer Cola : é o hábito vicioso de comer as crinas; geralmente, da cauda dos outros animais. Este grave defeito é revelado, quase sempre, nos cavalos submetidos longas viagens, aparecendo também em cavalos com deficiência em sais minerais.

Principais Doenças Equinas

Mesmo com o manejo e a alimentação correta os cavalos podem ser acometidos de doenças cuja gravidade varia de acordo com seu modo de ação . O controle parasitario feito através da administração de vermífugos e vacinas periodicas diminui a incidencia dos problemas de saúde . Portanto , conhecer as principais doenças e as formas de prevenção contribuem para a preservação da saúde do plantel .
Rinopneumonite
Também conhecida por "aborto à vírus", é uma doença viral causada por herpes-vírus, transmitida por via respiratória e alimentos contaminados. Como conseqüência, podem ocorrer abortos, doenças respiratórias (faringite associada com hiperplasia folicular linfóide, broncopneunomia viral), doenças venéreas e paralisias.
Prevenção: vacinar as reprodutoras no quinto, sétimo e nono mês de gestação; animais jovens devem receber a primeira vacinação após 60 dias do nascimento, repetindo a mesma no intervalo de duas a quatro semanas.
Influênza
Provocada por vírus, a doença mais conhecida por "gripe", pode ocasionar tosse seca, hipertermia, descarga nasal, miosite (inflamação muscular) e infecções bacterianas secundárias (pneumonia, etc). A evolução desses problemas poder deixar graves seqüelas, como doença pulmonar obstrutiva crônica que compromete o desempenho atlético do animal. Prevenção: Vacinação primária, repetindo a mesma com intervalo de duas a quatro semanas e, depois, vacinar a cada seis meses.
Tétano
Doença causada pela bactéria Clostridium tetani que produz toxinas que ativam o nível tecidual local e o nível nervoso, podendo ficar incubado por meses. A forma mais comum de contágio, segundo o veterinário, é por ferimentos ou lesões cutâneas e lesões de mucosas. O animal apresenta vários sinais clínicos associados à excessiva estimulação do sistema nervoso central, sendo os mais comuns a hiperexitabilidade, o prolapso de terceira pálpebra, os espasmos e o enrigecimento muscular. O agravamento destes fatores pode causar a morte . Prevenção: Além da vacinação primária, com repetição após duas a quatro semanas, vacinar semestralmente. Há vacinas que associam a prevenção contra o tétano, a influenza eqüina e a rinopneumonite eqüina.
Encefalomielite
Esta doença causada por vírus é transmitida por mosquitos de vários gêneros. As formas mais comuns da doença são denominadas de "leste", "oeste" e "venezuelana". Como geralmente as vacinas são polivalentes e o diagnóstico diferencial destas formas é muito específico, os sinais clínicos em cavalos com a encefalomielite, de forma conjunta, são hipertermia, anorexia, dentes cerrados, andar em círculos, disfunção do nervo cranial, excitação, depressão, sonolência, nistagmo, disfagia, sendo que os sobreviventes ficam com seqüelas. Quando afeta o plantel, a mortalidade pode ser de 75% a 98%. Esta doença acontece em forma de surtos, principalmente nos meses quentes do ano, devido à maior proliferação de mosquitos. Por ser uma zoonose, tem importância na saúde pública, pois atinge o homem, principalmente a forma "oeste".Prevenção: controle de vetores; cuidados no manuseio de material infectado pela doença e vacinação primária, repetida após duas a quatro semanas e depois, de forma semestral ou 30 dias antes da época dos mosquitos.
Adenite ou Garrotilho
É a doença respiratória mais conhecida, mas é também a mais confundida com outras doenças respiratórias que afetam os eqüinos. Causada pela bactéria Streptococus eqüi, invade primeiro as mucosas oral e da nasofaringe, causando faringite e rinite aguda. Normalmente desenvolve abcessos nos linfonodos retrofaringeano e sub-mandibular, causando anorexia, hipertermia e descarga nasal purulenta. Podem ocorrer complicações, evoluindo indesejavelmente para infecções das bolsas guturais, pneumonia por aspiração, entre outras conseqüências, podendo, em casos mais graves, levar o animal à morte.Prevenção: Vacinação primária repetida após duas a quatro semanas e depois a cada semestre. O veterinário observa que com a vacinação podem ocorrer reações indesejáveis no animal abscessos e até reações sistêmicas severas em animais previamente vacinados ou anteriormente expostos à doença. Controle: Vacinação; Isolamento imediato do animal infectado;Desinfecção das instalações e utensílios usado pelo cavalo.
Raiva
Doença viral transmitida pelo morcego. Os cavalos afetados podem apresentar uma grande variedade de sinais clínicos, como cólica, claudicação, atoxia (falta de equilíbrio), disúria, espasmos musculares, disfagia e déficit de nervos periféricos, como a paralisia do nervo radial. O agravamento da doença pode levar à morte.Prevenção: Vacinação dos animais em regiões com risco de ocorrer a doença, começando pela primária, repetida no intervalo de duas a quatro semanas, e depois anulamente.
Rhodococcus

Doença que ocorre em haras e centros de criação, causada por bactéria, onde a transmissão se dá por ambientes e materiais infectados. Quando atinge o organismo, esta bactéria causa uma broncopneumonia supurativa e abscessos pulmonares em potros novos. A mortalidade, pode ser superior a 80% e a morbidade gira em torno de 5 a 17%, podendo haver variações.
Prevenção: Desinfecção de ambientes, como baias, cocheiras (em locais em que há alta incidência pode-se optar por não estabular os animais, nem para parição); vacinação de animais jovens e éguas de cria; e manter doadoras hiper-imunizadas que servirão de fonte de plasma para tratamento profilático em potros recém-nascidos.
Leptospirose
Também conhecida popularmente como a "doença do rato", é causada pela bactéria Leptospira spp., que apresenta diversos sorotipos. As leptospiras penetram no organismo através de ferimentos na pele ou nas mucosas do nariz, boca ou conjuntiva. Com possibilidade menor de freqüência, há possibilidade de transmissão venérea e via transplacental. Quando ocorre, os sinais clínicos são a hipotermia, depressão, anorexia, podendo haver icterícia oftálmica periódica. A doença pode levar à cegueira, ao aborto (mais comum a partir de sexto mês de gestação) e à orquite, levando os garanhões à esterilidade.
Prevenção: Vacinação primária, repetida depois de duas a quatro semanas e, posteriormente, vacinar de quatro em quatro ou de seis em seis meses. Deve realizar-se exames sorológicos de uma amostragem dos animais para identificar os sorotipos que estão presentes na propriedade.
Anemia Infecciosa Equina (AIE)
Vírus RNA (muito resistente);Caracteriza-se por períodos febris e anemia; Ainda apresenta falta de apetite, fraqueza, palidez das mucosas e edemas nas partes baixas do corpo; Transmissão: insetos hematófagos; emprego de instrumentos cirúrgicos e agulhas hipodérmicas não esterelizadas.
Não existe tratamento específico; Torna-se de suma importância as medidas profiláticas para o combate à doença; Verificação através da prova de Coggins.
Bebeiose
Conhecida também como Nutaliose ; Protozoário do gênero Babesia caballi e Babesia equi;Incubação de 8 a 10 dias, que no início da doença apresenta uma elevação de temperatura;ciclo febril remitente, perda do apetite, mucosas amareladas, edemas localizados, fezes cobertas de muco e grande eliminação de urinaTransmitida por carrapatos, que ao se alimentarem do sangue de seus hospedeiros, transmite a eles os protozoários responsáveis pela doença; Necessidade de um controle cerrado dos carrapatos, tanto nas pastagens como nos cavalos através das aspersões de carrapaticida; Todos os cavalos independentes de estarem ou não com carrapatos, deverão ser submetidos ao tratamento.
Estomatite Vesicular
Desenvolvimento de vesículas na boca e nas patas;Similar a febre aftosa dos ruminantes; Transmitida pela saliva e pelo líquido das vesículas de animais infectados; Controle isolamento e higiene dos animais doentes para que a doença se extingue; Identifica-se a doença através da prova ELISA.
Cólica
Esta síndrome caracteriza-se por uma dor intensa na região abdominal, levando o animal a um sofrimento angustiante e podendo levá-lo a morte.
Sendo a maior incidência em cavalos estabulados com regimes alimentares artificiais, os cavalos de esporte tornam-se uma preocupação constante dos proprietários e cavaleiros.
São duas as causas predisponentes mais frequentes:
As ligadas à anotomia e fisiologia do animal;
As ligadas ao regime alimentar.
Ligadas à anotomia e fisiologia do animal
Pequeno tamanho do estômago, em relação a uma grande capacidade digestiva total;
Intestino delgado longo e preso a um amplo mesentério, livre na cavidade abdominal;
Ceco constituindo-se numa grande cuba de fermentação , com capacidade de cerca de 30 litros de conteúdo;
Intestino grosso (cólon maior) contendo flexuras que podem constituir-se em regiões de possível obstáculo à passagem de alimentos de baixa qualidade e mal digeridos;
Presença de algumas válvulas e constrições ( esfíncteres) que também podem transformar-se em pontos de obstrução à passagem do bolo alimentar;
Baixo limiar à dor, isto é, pequenos estímulos produzem grandes sensações dolorosas.
Ligadas ao regime alimentar
Administração de grandes quantidades de alimento de uma só vez;
Utilização de alimentos deteriorados, mofados ou de baixa qualidade;
Mudanças bruscas de tipos de alimentos;
Emprego de pouco volumoso em relação a alimentos concentrados;
Sinais
Inquietação, que se traduz principalmente por uma mudança de hábitos e temperamento e pelo bater insistente das patas anteriores no chão;
olhares dirigidos ao seu flanco;
Deitar e levantar frequentemente;
Assunção de posturas anormais (às vezes, sent-se como um cão);
Sudorese, que ser regional ou difusa;Posição de micção ou defecação constante, com exteriorização do pênis.

Tabela de Controle de Vacinação

A Limpeza da Baia do Cavalo de Equoterapia

Grande parte da saúde e bem-estar dos animais está relacionado com o ambiente em que eles vivem, e não é preciso ser um profundo conhecedor de cavalos para imaginar o tempo que eles passam estabulados. Por esta razão as baias devem ser locais arejados, limpos e confortáveis.

Pela manhã, devemos retirar as fezes feitas durante a noite e também, o excesso de serragem molhada pela urina. Deixe exposta a parte molhada durante uma hora e pouco, para que seque o chão, evitando colocar serragem seca sobre o chão ainda molhado. Após a remoção da serragem úmida e das fezes, revolva a cama, afofando-a para que fique ventilada, confortável e ventilada.

Manuntenção da cama

É recomendável examinar a cama do seu animal duas vezes ao dia, preferencialmente de manhã e a tarde. Use o garfo para retirar o esterco e todas as partes da cama molhada pela urina. Coloque tudo em carriola, que posteriormente será levada para uma esterqueira onde devem ser jogados estes restos. A esterqueira deve ser localizada longe das baias para não atrair moscas e evitar a transmissão de doenças. Isto também evita que o odor se propague e deixe as cocheiras com um aspecto ruim tannto para você quanto para o animal, considerando que o cheiro da urina misturada com a serragem é ácido e desagradável.Quando alguma parte da cama dor retirada, esta deve ser reposta com o mesmo material para evitar desníveis que comprometam sua qualidade. Por exemplo: quando a serragem fica umidecida pela urina e esta for retirada, complete com a mesma quantidade e deixe tudo nivelado usando o próprio garfo.

Limpeza do teto

Apesar das controvércias a respeito das teias de aranha, que são úteis para prender os insetos, estas não apresentam um aspecto higiênico, por isso é sempre bom retirá-las. Você pode utilizar um lança-chamas para eliminar por completo todas teias, aranhas e outros insetos, porém cuidado: você deve contar com ajuda de pessoas experientes para evitar acidentes. Após este processo, utilize uma vassoura comprida para retirar o que sobrou, mantendo o teto da baia claro e livre de pó e sujeira.


Cuidado com cochos e bebedouros

Devem ser lavados diariamente utilizando água corrente. Os cochos de ração devem ser limpos com uma escova a cada refeição, evitando que os resíduos da comida apodrecam e possam ser possivelmente injeridos pelo cavalo. Os bebedouros de cimento acumulam mais sujeira dos que os de ferro, sendo estes mais fáceis de limpar.

Dicas para manter a higiene

Mantenhas as portas sempre limpas e as fechaduras lubrificadas.Retire os restos de ração do cocho sempreAplique antiséptico para esterializar a baia de seu cavalo a cada 20 dias, evitando a ploriferação de fungos e bactérias e logo a transmissão de doenças. Nunca faça isto sem antes consultar um especialista, pois estes produtos podem ser altamente tóxicos.Outra alternativa para esterializar a baia do seu cavalo é utilizando cal, quando o chão for de terra. Para isto, retire toda a cama da baia, aplique o lança-chamas e por último cubra com cal.

Restrições à camas

Areia - A cama de areia é considerada fria, o que pode ser um fator limitante dependendo da região onde se encontra.

Feno - A cama de feno não é a mais indicada, pois pode alterar a alimentação do animal a partir do momento em que o mesmo passa a come-lo. O feno utilizado nas camas geralmente são de baixa qualidade, com maior teor de mofo e fungo, o que pode prejudicar o animal caso ele tenha vontade de come-la.

Serragem - Prefira a serragem de madeira como Pinus, pois não mancham nem prejudicam o pêlo do seu animal, o que não ocorre com as de eucalipitos e outros tipos.

Palha de arroz - Pode ser utilizada somente com a adição de creolina na superfície, para evitar que o animal tente ingerí-la, já que não faz bem. Esta cama também apresenta grande concentração de pó, o que pode irritar o cavalo.

Bagaço de cana - Também pode ser utlizada somente com a adição de creolina, impedindo que o animal coma a cama.

A Importância das Massagens e das Extensôes


As massagens consistem na utilização das mãos, dedos e até do cotovelo para manipular os tecidos musculares. Antes do início de qualquer tratamento de massagens, é importante trabalhar em colaboração com o cavaleiro e com o Médico Veterinário para discutir a historial do cavalo a fim de evitar o aparecimento de lesões musculares. Através da massagem procuramos melhorar a flexibilidade muscular, para que o cavalo tenha uns andamentos mais soltos. Para que isto se torne possível é importante ter conhecimentos aprofundados sobre:

A anatomia do cavalo
Os grupos musculares mais importantes para cada disciplina
As várias técnicas à disposição do terapeuta.

Os efeitos

1. Alívio da dor : a massagem profunda estimula a libertação de endorfinas existentes no cérebro, contribuindo para uma diminuição da dor.
2. Relaxamento: dependendo do tipo de pressão utilizada, a massagem profunda tem acções diferentes sobre o sistema nervoso.
3. Melhoria da circulação sanguínea : os efeitos positivos incluem:
Melhoria da oxigenação dos tecidos
Eliminação de toxinas.
4. Manutenção da Mobilidade dos Tecidos Moles: quando existe a perca de mobilidade, o esforço exercido sobre os tecidos circundantes aumenta a possibilidade de lesões.Existem no mercado máquinas que providenciam vibração em baixa frequência, tais como rolos e vibradores. Mas, apesar destas pouparem trabalho ao profissional, podendo ser uma grande ajuda para a terapia em geral, o contacto manual aumenta a sensibilidade do terapeuta para o estado físico em que se encontra o cavalo, permitindo assim um diagnóstico mais preciso.

As extensões

Antes de abordar o problema das extensões, é muito importante conhecer as regras da sua aplicação :

Todos os movimentos de extensão têm que ser lentos e fluídos.
Quando se pede extensão ou flexão total dum membro devemos sempre utilizar uma tracção contínua. A retenção ou o alongamento bruscos podem provocar lesões.
No fim duma extensão coloque suavemente o membro na sua posição original.
Ao levantar o membro do cavalo, o terapeuta tem que utilizar todo o seu corpo, flectindo os joelhos.
No início de qualquer rotina de extensão é necessária ter em mente que esta actividade é segura, trazendo benefícios tanto para si como para o cavalo.
Os objetivos a atingir com as extensões :

Melhorar a circulação de energia no cavalo
Relaxar e tonificar os músculos, tendões e ligamentos
Aumentar a sua flexibilidade, melhorando a sua actuação e prevenindo lesões.
A elasticidade dos músculos, tendões e ligamentos permite movimentos mais rápidos e controlados, ajudando a evitar roturas. Os exercícios de extensão dos tecidos moles, que estendem os músculos e os seus tecidos em toda a sua amplitude, podem melhorar muito a mobilidade articular.

As extensões de áreas específicas

Exercícios de Extensão do Pescoço
Rode lentamente a cabeça do cavalo, nunca permitindo que o cavalo vire de repente.
Os músculos em extensão incluem o rombóide, o esplénio, o trapézio e o serrado ventral.

Exercícios de Extensão da Espádua, Peito, Antebraço e Boleto :
Faça o membro descrever a sua acção em qualquer direcção que lhe seja natural. Faça também a flexão do boleto, movendo-o lateralmente e da frente para trás.

Exercícios de Extensão da Coluna :
Apesar da zona torácica da coluna ter um campo de acção muito reduzido, o cavalo deve ser capaz de a flectir e estender em pelo menos 10º.
Faça com que o cavalo mova a coluna lateralmente, colocando uma mão a meio da coluna e agarrando a cauda com a outra.

Exercícios de Extensão para a região dos Rins, Anca e Garupa :
Para conseguir que o cavalo rode a anca, pressione com as unhas ao longo do músculo glúteo da garupa. O cavalo rodará as ancas, fazendo a extensão da parte posterior do dorso.
Puxar a cauda também provoca a rotação da bacia pélvica fazendo a extensão da parte superior da anca.

Limpeza do Cavalo de Equoterapia

Todos os cavalos necessitam de uma limpeza frequente, quer estejam no estábulo ou no campo, para que permaneçam saudáveis. Isso implica cuidar da pele, pêlo e pés do animal. As vantagens de uma higiene cuidada são muitas , tais como eliminação da sujeira ,funciona como uma massagem ao cavalo, ajuda a tonificar os músculos do animal ,ativa a circulação , acalma e tranquiliza o animal e aprofunda a relação de confiança entre o tratador e cavalo .A limpeza deve ser feita antes do início das terapias . Embora seja suficiente “sacudir o pó” antes do exercício, deve tentar aprofundar a limpeza do cavalo sempre que puder. Uma limpeza a fundo pode demorar cerca de uma hora, mas o cavalo irá agradecer-lhe o tempo dispensado. Para dar uma maior sensação de segurança, a limpeza deve ser feita em locais bem iluminados.


Pelagem
A limpeza do corpo do cavalo deve começar com uma almofaça, uma escova muito útil para remover lama e marcas de suor. Esta escova ativa a circulação sanguínea e liberta a tensão dos músculos. As almofaças de borracha são a melhor opção. As de metal podem magoar o cavalo e as de plástico podem desenvolver bicos devido à fricção.Em cavalos mais sujos ou mantidos no campo pode utilizar a brussa em conjunto com a almofaça. A escovação deve ser feita em círculos, podendo ser vigorosa em cavalos não desbastados. A zona com ossos salientes é particularmente sensível, por isso, as passagens com a escova devem ser mais leves. Comece no topo do pescoço e com movimentos circulares contra-relógio, desça até à cernelha e escove o dorso e a garupa. Ajuste a pressão de acordo com as reações do cavalo. Se o animal baixar as orelhas e se mostrar agitado é porque não está a gostar. Utilize uma cardoa para escovar o pêlo, a crina e a cauda.

Deve começar pela crina, depois escovar o resto do corpo e por fim a cauda. Para escovar a crina e a cauda, comece no topo e penteie madeixa a madeixa. Avance apenas alguns centímetros de cada vez. Há quem defenda que a cauda não deve ser escovada, mas sim penteada utilizando os dedos, para não estragar o pêlo e manter o aspecto natural. Independentemente da sua opção de pentear com as mãos ou com a escova, não se deve colocar diretamente atrás do cavalo em qualquer das situações. Opte por ficar ao lado do animal e puxar para si a cauda. Para facilitar a escovação, pode aplicar produtos desembaraçantes que tornam o pêlo mais maneável e brilhante, protegendo também do sol.

O corpo deve ser escovado com movimentos circulares e depois deve ser feita uma passagem final no sentido do crescimento do pêlo. Enquanto escova, inspecione o cavalo. Procure lesões, altos ou qualquer anomalia. A zona da barriga é uma das áreas mais sensíveis. Tenha cuidado e avance lentamente. Com uma escova mais suave, ou um pano de algodão, faça uma última passagem para conferir brilho e remover os últimos vestígios de sujidade. Depois de ter limpo todo o corpo avance para a cauda. Tenha uma esponja aparte para limpar o couto da cauda. Esta esponja deve estar húmida e não deve ser utilizada noutras regiões do corpo.Aplique repelente e protetor solar, se as condições atmosféricas o justificarem. Se vai montar o cavalo, evite colocar estes produtos na zona da sela, para que a zona não fique escorregadia.
Focinho
Com a cardoa ou uma escova de fios macios, escove o focinho do cavalo, retire a sujidade das bordas das orelhas e no resto do focinho em geral. Proteja os olhos do cavalo do pó que se solta. Passe uma esponja húmida junto dos olhos e narinas.
Patas
Deslize a mão pela pata do cavalo, aperte ligeiramente a zona do tendão na parte inferior da perna e levante a pata. Com o ferro de cascos limpe os quatro cascos do cavalo, retirando a sujidade alojada na sola e junto à ferradura. Verifique se o casco tem um aspecto saudável e se não há sinais de infecção ou rachas.Aplique um óleo nos cascos do cavalo para proteger e hidratar a zona, mas faça-o apenas sob a orientação do veterinário.

Massagem
A última parte da limpeza serve para proporcionar relaxamento ao cavalo. Passe pelo corpo do animal uma luva própria, geralmente feita de crina ou couro.

Precauções especiais

Frio
No Inverno, não destape completamente o cavalo para o limpar. Opte por dobrar o cobrejão, expondo apenas as partes que está a limpar no momento.
Posicionamento
Nunca se posicione atrás do cavalo, pois este pode-se assustar e dar coices.

Banho

O banho ideal dura em média de 15 a 20 minutos. Antes de começar o banho, verifique a transpiração e a respiração do animal. Estes dois fatores devem estar normais, caso contrário, o contato da água fria com o corpo do cavalo, pode causar um choque térmico.Comece sempre de baixo para cima. Molhe bem as patas, passe para as pernas, e depois, bem devagar, molhe a barriga em toda sua extensão. Agora é a vez das partes sexuais.
Suba o esguicho para a garupa e siga vagarosamente em direção à cernelha.Depois de molhar o pescoço, passe para a cabeça. É indispensável limpar o focinho, o chanfro e a ganacha muito suavemente. Se o cavalo não permitir que você use a escova, tente uma esponja ou use simplesmente as mãos.
Para lavar a cabeça do animal, diminua a pressão da água. Deixe a água escorrer entre as orelhas. Se o animal estiver assustado, deixe ele olhar a ducha por algum tempo.As orelhas não podem ser lavadas internamente, por isso tome cuidado com o esguicho. Use um chumaço de algodão e um pouquinho de óleo para remover a cera. Não jogue água nas narinas. Use uma esponja macia ou simplesmente a mão.
Lavar com água e xampu pode por vezes ser necessário. Apesar de ser só aconselhado no Verão, os cavalos de competição costumam ser submetidos a banhos mais regularmente. Quando escolhe lavar a pelagem ou até mesmo o corpo do cavalo, deve escolher um sítio com chão em cimento ou pelo menos que não se torne lama, quando a água começar a cair.
Prepara-se para ficar bastante molhado, por isso não use a roupa que usaria apenas para escovar o animal. Coloque umas luvas de borracha para proteger as mãos.
A crina e a cauda do cavalo podem ter de ser lavadas quando a pelagem estiver gordurosa e o tempo estiver quente. Existem diversos produtos específicos para cavalos, incluindo xampus com repelentes de insectos. Para lavar a crina, passe com uma esponja molhada em água morna sobre o pêlo. Aplique o champô com cuidado, para que não molhe os olhos ou as orelhas. Comece a trabalhar no topo da crina e vá descendo. Aplique também amaciador próprio, se pretender obter um melhor resultado. Por fim, retire o excesso com água morna. Seque a crina com uma toalha e limpe também as zonas que foram molhadas, como as espáduas.
Para lavar a cauda utilize também um champô específico e humedeça a cauda com água morna. Se desejar, aplique amaciador. Depois, escove os pêlos com uma cardoa. Sacuda a cauda para retirar o excesso de água e enxugue com uma toalha. Para obter melhores resultados pode ligar a cauda com uma ligadura seca.
Só deve ser dado banho ao cavalo como último recurso. A pele demora dias a repor os óleos que a protegem, fazendo com o cavalo esteja mais vulnerável ao frio e chuva. Contudo, se achar necessário limpar o cavalo com água, pode-lhe dar banho se os dias estiverem quentes. A lavagem do cavalo deve ser feita no pico do sol, quando este estiver mais forte e longe de correntes de ar. Molhe o animal com uma esponja úmida e aplique o xampu. Comece por baixo, primeiro os pés e por último o dorso. Depois, passe água abundantemente começando no topo e terminando nas patas. Retire o excesso com uma escova apropriada. Por fim, seque com uma toalha. Pode optar por fazer o cavalo andar para secar a pelagem. Desta forma vai diminuir as hipóteses de o cavalo se rebolar na terra para secar o pêlo.
(Equitação Espcial)

A Alimentação do Cavalo de Equoterapia

A quantidade de alimento consumido varia de acordo com o trabalho e a fase de desenvolvimento do animal. Os cavalos adultos que não fazem exercícios mais rigorosos e não trabalham não precisam de ração e devem comer cerca de 1,5% de seu peso em feno. Portanto, um animal de 500 kg que viva nessas condições precisa de 7,5 kg diários de feno (ou 26 kg de capim), mais sal à vontade.
Já os cavalos de esporte e trabalho , e aqui se incluem os cavalos de Equoterapia que trabalham em média cinco dias por semana ,, que comem ração, precisam do dobro - cerca de 3% de seu peso. As proporções entre volumoso e concentrado seguem a tabela. Assim, um cavalo de 500 kg que trabalhe na fazenda ou faça exercícios de equitação para amadores, sem participar de competições, precisa de 6 a 7 kg de feno (21 a 24 kg de capim), mais 5 a 7 kg de concentrado e sal â vontade. A dieta também vale para os garanhões em reprodução.
Para que o cavalo tenha uma dieta bem equilibrada que resulte em alto rendimento , temperamento equilibrado é essencial que contenha todos os elementos seguintes , :

A Água
A necessidade de água de um cavalo depende da temperatura, da quantidade de exercício, da sua alimentação e da sua idade. Um jovem cavalo tem na sua constituição cerca de 80% de água enquanto que num cavalo adulto esta percentagem está entre os 50% e os 60%. Deve-se ter sempre à disposição do animal água fresca, jamais gelada devido aos riscos de cólicas que esta pode ocasionar. Deve também estar sempre limpa, evitando-se as águas barrentas que podem causar distúrbios digestivos pelo acúmulo da terra dentro do aparelho digestivo do cavalo. Deve ser fornecida ainda à vontade, pois as necessidades de água pelo cavalo são elevadas, de 20 a 75 litros por dia, dependendo do porte do animal, do clima, da intensidade do trabalho e da natureza da alimentação. As fêmeas em lactação têm suas necessidades aumentadas em 15 a 30 litros por dia.

Os Hidratos de Carbono
Estão presentes no amido (é encontrado nos cereais), nos açúcares (presentes em todos os alimentos, principalmente nos melaços e na erva fresca) e em certos componentes das fibras.

Os Óleos e Gorduras
Os óleos estão presentes em pequenas quantidades na maioria dos alimentos comerciais e é geralmente acrescentado à dieta do cavalo sobre a forma de óleo vegetal. Estes contém duas vezes e meia mais energia do que os hidratos de carbono, sendo assim fontes de energia concentrada.

As Fibras
Encontram-se em todos os alimentos principalmente na erva no feno e na palha e são um elemento muito importante na dieta do cavalo.

As Proteínas
Ao serem decompostas dão origem aos aminoácidos que são utilizados no crescimento, na gravidez, na produção de leite e na reparação de tecidos. As necessidades de proteína dos animais são específicas para prover os aminoácidos de que o animal necessita, assim como a atividade que desempenham, como crescimento e reprodução. Devemos nos preocupar, não só com a quantidade da proteína, mas principalmente com a sua qualidade.

Os Minerais
Grupo dividido em macro e micro elementos minerais. Os macro-elementos estão envolvidos com a estrutura do animal e são perdidos diariamente durante o desempenho de suas atividades (Ca, P, Na, Cl, K, Mg, S).Os micro-elementos estão envolvidos, principalmente, com as funções metabólicas dos animais. (Fe, I, Cu, F, Mn, Mo, Zn, Co, Se, Cr, Sn, Ni, V, Si).O equilíbrio de minerais mais importante é o do cálcio e do fósforo, com uma relação de cerca de uma parte e meia de cálcio para uma parte de fósforo. O magnésio, o sódio, o cloro e o potássio são outros dos minerais principais enquanto que o cobre, o ferro, o manganês, o selénio e o zinco são minerais secundários.

As Vitaminas
As vitaminas principais são A, D, E, K e o grupo B. Ajudam a controlar as reacções químicas e bastam pequenas quantidades para manter a saúde. Alimentos como o feno são pobres em vitaminas enquanto que a erva e os alimentos verdes são boas fontes deste elemento. Vitamina: Estão divididas em duas categorias principais: as hidrossolúveis e as lipossolúveis.
Com a forragem verde, de alta qualidade, que o cavalo obtém na pastagem, provavelmente não temos que nos preocupar com a adição de qualquer teor extra de vitaminas A, D e E para animais em manutenção. No entanto, se o animal é mantido numa baia e alimentado com feno, provavelmente precisará de uma suplementação de vitaminas.A maioria das vitaminas hidrossolúveis é fornecida em níveis suficientes pelos alimentos normalmente dados ao animal, ou são produzidas em quantidades adequadas no sistema digestivo.Sob condições de stress intenso, como corrida, provas ou exposições, o animal poderá não conseguir as quantidades necessárias de vitaminas através da alimentação normal. Para estes animais, recomenda-se uma suplementação de vitaminas.

Carboidratos e Lipídeos
As necessidades energéticas dos animais são atendidas através dos carboidratos e dos lipídeos que lhes fornecemos. Estas necessidades estão ligadas principalmente ao tamanho do animal e ao tipo de trabalho que desempenha.Os lipídeos não são utilizados apenas como fonte de energia, mas também fornecem os ácidos graxos que são essenciais ao bem estar dos animais. Apenas depois de termos atendido às necessidades de AG dos animais é que podemos usar os lipídeos para atender às necessidades energéticas.

O Volumoso
Feno: é a forma desidratada do capim, isto é, o capim com apenas 10-20% de água. Deve ser feito de capim de qualidade (Coast-cross, tífton, alfafa, etc.) e fenado no ponto certo, nem muito seco, nem muito úmido. Quando o capim é fenado além do ponto correto de corte, pode ficar muito fibroso, o que pode causar cólica nos cavalos. Se for cortado no ponto certo e deixado secar em demasia, fica muito fibroso, também podendo causar cólica nos animais. Se for cortado no ponto certo, mas deixado secar pouco, sendo enfardado úmido, pode ocorrer o aparecimento de fungos que podem causar problemas nos animais. Desde que feito da forma correta e bem armazenado, é um excelente alimento para os cavalos.Capim: este pode ser fornecido sob a forma de pastagens ou suplementado no cocho, picado. Quando oferecido no cocho picado, deve-se atentar para a qualidade deste capim. Os mais utilizados sob esta forma são os capins elefantes (napier, colonião, etc.). O manejo das capineiras deve ser muito bem feito para que o aproveitamento pelo cavalo seja o melhor possível. É muito comum o corte destes capins com altura superior a dois metros e meio (às vezes até quatro metros) de altura. Porém, quando é cortado com altura superior a dois metros e meio, ocorre uma perda considerável da qualidade, devido à baixa digestibilidade de seu talo. O ideal é cortá-lo entre um metro e meio e dois metros e meio.

Complementação Mineral
Esta também é de fundamental importância para suprir as necessidades básicas do cavalo, que são relativamente elevadas com relação aos minerais. Estes devem ser oferecidos de maneira equilibrada, através de sais minerais de empresas idôneas e à vontade, num cocho à parte.

Suplementação Nutricional
Após termos suprido as mínimas necessidades para manutenção do cavalo, aí sim, conforme atividade a que vamos submetê-lo, seja um potro em crescimento, égua em reprodução ou cavalo de esporte e trabalho, devemos oferecer-lhe os complementos de uma alimentação, para que possamos atingir os níveis Energéticos e/ou Protéicos suficientes para suprir estas novas necessidades, mas sempre respeitando sua natureza valorizando o volumoso.

Ração
Esta deve ser equilibrada, oriunda de empresas idôneas para se ter garantia da qualidade do produto. Existem vários tipos de apresentação de ração: Farelada, Peletizada, Laminada ou Extrusada. As rações industrializadas (Peletizadas, Laminadas ou Extrusadas) possuem 03 vantagens fundamentais sobre as fareladas, principalmente as misturadas na propriedade:
1. Toda matéria prima que chega à fábrica de ração é classificada e analisada para se ter certeza da qualidade de seus nutrientes (Umidade, Proteína, Minerais, etc.). Com base nessas análises, é possível garantir a qualidade e os níveis do produto final (com relação à proteína, minerais, fibra, etc.). Como não é possível analisar a matéria prima na propriedade, não há garantia de manutenção do padrão do produto final.

2. As rações fareladas produzem muito pó que, se inspirados pelo cavalo, podem levar a problemas respiratórios. Além disso, este pó pode causar obstrução do canal naso-lacrimal (canal que liga a narina ao olho) levando a produção excessiva de secreções oculares.

3. Para se evitar este pó, é muito comum molhar a ração antes do fornecimento ao animal. Ocorre que as rações fareladas, por serem mais leves que as peletizadas, ocupam um volume maior, portanto os cavalos demoram mais tempo para comer esta ração. Em temperaturas mais elevadas, podem ocorrer processos de fermentação desta ração molhada levando a quadros de cólicas.
Existem ainda as matérias-primas (aveia, trigo, milho, etc.) que muitos criadores/proprietários de animais oferecem misturado à ração balanceada. Ocorre que estas matérias-primas são, em geral, muito ricas em fósforo (a relação Ca:P pode ser de 1:3 quando o ideal é 1,8:1) o que leva a um desbalanceamento na relação cálcio/fósforo sangüíneo levando a graves problemas como a cara inchada.
Quanto às apresentações de rações industrializadas, não devemos nos preocupar com a aparência do produto (peletizada, laminada ou extrusada), mas principalmente com os níveis de garantia destes produtos.
Tecnicamente falando, um produto extrusado é superior a este mesmo produto laminado e este mesmo produto peletizado. Isto não quer dizer que qualquer produto extrusado é superior a outros, nem que toda ração laminada é superior às peletizadas.
O que mais importa na avaliação da qualidade de um produto são seus níveis de garantia, principalmente valores de qualidade de energia e proteína. A qualidade de sua energia também pode ser avaliada através do valor de seu extrato etéreo, que é o valor de gordura de uma ração, onde se este valor for alto, a qualidade de sua energia, e também de sua proteína, serão elevados.Existem rações peletizadas no mercado que possuem qualidade energética e protéica muito superiores às laminadas e extrusadas.
Tendo em conta os hábitos alimentares naturais do cavalo e a fim de servir o seu aparelho digestivo podem estabelecer-se as seguintes regras:

-Tenha sempre ao alcance do cavalo água limpa e fresca;
-Dê ao cavalo pelo menos 2 refeições por dia se estiver em trabalho leve ou médio e 3 ou 4 se tiver um esquema de trabalho completo, de modo a que coma pouco de cada vez mas muitas vezes;
-Baseie-se no peso da comida e não no seu volume – pese a amostra da comida e saiba sempre quanto é que dá a comer ao seu cavalo;
-Alimente o cavalo tendo em conta o seu peso e registre todas as mudanças, devendo consultar o veterinário se estiver preocupado com a dieta;
-Aumente o tipo de alimentos e a sua quantidade caso ache que a carga de trabalho imposta ao cavalo assim o justifique;
-Não utilize nunca rações moles ou poeirentas mas sim alimentos de alta qualidade;
-Não faça alterações bruscas na dieta, de modo a evitar problemas digestivos;
-Dê ao cavalo cerca de 2 ou 3 horas de descanso a seguir a uma refeição e só o alimente 1 hora após terminado o trabalho;
-Obedeça a hábitos horários nas refeições;
-A alimentação do cavalo dever ter pelo menos 50% de fibras;




Uma alimentação incorreta ou modificações bruscas na dieta do cavalo podem levar a graves complicações , dentre as principais estão as cólicas , a laminite e a azotúria ,além de levar a vícios de comportamento e temperamento instável .

As Cólicas
Um dos sintomas destas dores abdominais é o cavalo insistir em estar deitado e rebolar-se sistematicamente. Isto deve ser contrariado mantendo-o em pé e em movimento (a passo para evitar um estrangulamento do intestino.
As cólicas podem ter como causa: acesso do cavalo à água quando se encontra sobreaquecido;vício de engolir ar; ingestão de areia; alimentos húmidos ou molhados;
Comer sofregamente e não mastigar antes de engolir; o intestino dobrado; mudança repentina na dieta.

A Laminite
É também conhecida como aguamento e são vitimas desta doença cavalos que comem em demasia, principalmente alimentos com muitas proteínas, pode ser causada por: pancada ou concussão;situação de grande stress;sobre-alimentação.

A Azotúria
Tem como causas o desequilíbrio mineral , alterações hormonais , sobre-alimentação de cereais em cavalos em descanso

Dr. André Galvão Cintra
Médico Veterinário
Consultoria & Homeopatia
Presidente ABCC Bretão

O Manejo do Cavalo de Equoterapia

Cuidar de um cavalo de equoterapia é uma atividade que requer grande responsabilidade. O cavalo deve ser manejado e exercitado de maneira correta , objetivando sempre um melhor desempenho terapeutico . Uma boa solução para o animal é passar parte do dia ao ar livre, em que se mantém em prática mesmo que não seja incitado a fazer exercício e outra parte do dia no estábulo; assim, o cavalo torna-se mais fácil de montar do que se estivesse todo o dia trancado . Deixar o cavalo sempre ao ar livre ou sempre no estábulo são outras opções. No primeiro caso é necessário ter uma pastagem abundante, uma fonte de água fresca e abrigo contra o mau tempo do inverno e os insetos no verão; nestas condições deve ser dado ao cavalo um complemento alimentar pois apenas a pastagem não é suficiente para manter o cavalo em forma. No caso do cavalo estar estabulado é preciso evitar o tédio visto que o cavalo não está no seu ambiente natural e é também essencial que o tratador entenda a psicologia do cavalo. A seguir abordaremos todas as praticas do manejo ideal , sendo regras gerais aplicáveis a qualquer centro de equoterapia .

27 de setembro de 2009

As Marcas de Identificação

As marcas são particularidades independentes das pelagens (dos pêlos), mas tão visíveis que se sobrepõem a certos sinais gerais ou mesmo especiais, a ponto de impressionar imediatamente a vista do observador, razão pela qual são enquadradas no capítulo de pelagem como elementos de identificação , para uma boa resenha do animal. As marcas são naturais ou congênitas, isto é, que nascem com ela, e artificiais ou adquiridas, isto é, que surgem depois do nascimento.
1) Marcas Naturais ou Congênitas
Golpe de lança: depressão muscular, subcutânea, sem sinal de cicatriz, muito parecida com o golpe de uma lança, encontrada nos músculos da tábua do pescoço, braços, coxas, nádegas, etc.
Embandeirada: cauda levantada, pode apresentar-se voltada para a direita ou esquerda (cavalo de raça árabe).
Cabana: orelhas caídas.

2) Marcas Adquiridas ou Artificiais
Cicatrizes acidentais ou operatórias, marcas a fogo (ferro quente) e marcas químicas (para identificar o proprietário) : quase sempre sobre estas cicatrizes nascem pêlos brancos nos animais cuja pelagem é escura, e pêlos escuros, nos animais, cuja pelagem é clara.
Troncho ou mocho : quando as orelhas são cortadas na base, comidas enroladas ou deformadamente tortas.
Embandeirado artificialmente : rabo levantado e voltado para a direita ou esquerda através de uma intervenção cirúrgica, denominada "niquitagem", feita com o objetivo de imprimir mais elegância no animal ou por fraude, quando se quer dar a característica inata do árabe puro em cavalos mestiços ou comuns.
Pitoco ou suro : rabo cortado, sendo a designação de suro mais empregado para aves.

3) Sinais e Particularidades Especiais
Os sinais brancos encontrado na face, focinho e pernas são meios de identificação e vêm registrados na documentação exigida pelas entidades responsáveis. Além desses sinais, marcas no próprio corpo do animal ou manchas brancas podem ocorrer na parte inferior do ventre e nos flancos.

3.1) Na Cabeça
Celhado : quando pêlos brancos aparecem nas sobrancelhas.
Vestígio de estrela : quando aparecem pêlos brancos esparsos na fronte.
Estrelinha : quando há uma pequena pinta branca na fronte.
Estrela ou flor : formada por uma mancha branca na fronte, podendo ter várias formas: em coração, em losango, em meia lua, em U. Pode ser "escorrida".
Luzeiro : formado por uma malha na fronte, podendo ser também "escorrido".
Filete : determinado por um estreito fio de pêlos brancos que escorre pela fronte ou chanfro.
Cordão : determinado por uma fina mancha branca (mais largo que o filete), que se estende da fronte ao chanfro, e até as narinas às vezes, podendo ser interrompido ou desviado.
Frente aberta : quando o cordão se alarga tomando todas a frente da cabeça e indo até a região das narinas.
Façalvo : determinada por malha branca sobre as faces laterais da cabeça ou somente sobre um dos lados (esquerdo ou direito).
Beta : pinta branca que corre entre as narinas.
Bebe em branco : quando um dos lábios ou ambos são brancos, devendo isto ser esclarecido na resenha.
Cabeça de mouro : se uma mancha escura (pêlos mais escuros ou pretos) toma toda a cabeça.
Com embornal : se a mancha abrange apenas a parte inferior da cabeça.
As particularidades acima citadas devem ser descritas na resenha, se possível com um esboço dos contornos e desvios.

3.2) No Pescoço:
Crinado : quando o animal apresenta a crina branca ou desbotada. Esta particularidade é comumente encontrada na pelagem Alazão, variedade amarilho. Deve ser mencionada na resenha somente quando aparecer nas pelagens mais escuras. Neste caso a cauda poderá ou não acompanhar a cor da crineira.

3.3) No Tronco:
Listra de burro: listra estreita, mais escura que a pelagem, que se estende ao longo da linha dorsal, indo da cernelha à base da cauda.
Faixa crucial: faixa escura que corta transversalmente a cernelha, geralmente de pelagem vermelha, alcançando as espáduas.
Rabicão: animal que apresenta fios brancos na cauda interpolados com outros mais escuros.

3.4) Nos Membros:

Zebruras : estrias que cortam transversalmente os joelhos e jarretes.
Bragado : quando o animal apresenta malhas brancas no terço posterior do ventre e nas partes internas das coxas.
Cana-preta : se o animal apresenta canelas pretras nas pelagens que não as incluem.
Calçado : quando a cor branco aparece nos membros, bem delimitada, nas pelagens que não incluem o branco nestas partes. Conforme a extensão do branco o calçamento recebe as seguintes denominações:
Cascalvo : quando somente os cascos são brancos
Calçado sobre coroa : quando o branco está situado apenas na circunferência da coroa do casco.
Baixo calçado : quando o branco vai até o boleto.
Médio Calçado : quando o branco abrange a qualquer parte da canela.
Alto Calçado : quando o branco alcança os joelhos e jarretes
Arregaçado : quando o branco ultrapassa estas articulações (joelhos e jarretes), alcançando os antebraços e pernas.
Argel : quando um só membro é calçado.
Manalvo : somente os anteriores são calçados.
Pedalvo : somente os posteriores são calçados.
Calçado em diagonal : quando o calçamento é no bípede em diagonal, devendo ser esclarecido apenas qual o anterior que forma a diagonal.
Trialvo : quando três membros são calçados (baixo, médios ou altos); devendo ser citado na resenha da seguinte forma: "trialvo anterior esquerdo" - estando nisto explícito que o único membro não calçado é o anterior direito.
Quatralvo : quando todos os membros são calçados.
(Equitação Especial)

21 de setembro de 2009

Dentição e Idade Equina

Os dentes são elementos principais pra conseguir determinar, com segurança, a idade aproximada, dos cavalos. A avaliação da idade é importante pois, muitos animais não tem registro oficial e, são negociados a base da idade aproximada. O cavalo adulto possui 40 dentes e a égua 36, normalmente, assim distribuídos:12 incisivos,6 superiores ,6 inferiores ,4 caninos, em geral ausentes na fêmea
24 molares distribuídos igualmente nas duas arcadas.
O potro, macho ou fêmea, apresenta apenas 24 dentes, todos caducos (
12 incisivos e 12 molares)
Os dentes de leite são menores e mais brancos que os dentes permanentes e possuem um colo ou linha de estrangulamento em seu terço médio.
Com o desgaste, devido à mastigação, os dentes também mudam seu arco incisivo que, visto de perfil, é arredondado no animal jovem e vai se tornando alongado à medida que o animal envelhece.

Os dentes e suas respectivas idades

Na fase de dentes definitivos, os dentes têm forma recurva e a raiz vai se tornando cada vez mais estreita e oblíqua, com o desgaste dos dentes. Na extremidade da parte livre existe um orifício, o corneto dentário, que vai desaparecendo com o passar do tempo. Depois de algum tempo, surge uma pequena mancha castanha, chamada estrela radicular.Aos seis anos de idade, as pinças do maxilar inferior já estão sendo usadas há três anos, por isso o esmalte já aparece e a mesa dentária (a extremidade da parte livre) tem forma ovulada.Aos oito anos de idade, os cantos inferiores e todos os incisivos inferiores estão lisos e ovulados.

Aos nove anos, as pinças superiores estão lisas e ovuladas.Aos dez anos, é a vez dos médios superiores estarem apresentando tais sinais.Aos onze anos são os cantos superiores que se encontram então lisos e ovulados.

Aos doze anos começa a haver alteração do esmalte que desaparece e exibe-se a estrela dentária, com as pinças arredondadas.Aos treze anos, os médios inferiores e as pinças se tornam arredondadas.Aos quatorze anos, há apenas a estrela radicular em todos os incisivos inferiores e todos os dentes estão arredondados.

Aos quinze anos, nas pinças superiores há apenas a estrela radicular.Aos dezesseis anos, os médios superiores contam apenas com a estrela radicular.Aos dezessete anos, todos os incisivos superiores exibem a estrela reticular e estão arredondados.
Desta forma, é então possível, observando-se o desgaste dos dentes do cavalo, determinar a sua idade.

(Equitação Especial)

O Casco : características e preservação

"A boa conformação da pata é essencial para as atividades normais do cavalo. Não importa o quanto a conformação das outras partes seja boa, se a pata for fraca o cavalo não será um animal útil".

O casco é o estojo córneo que recobre a parte terminal do membro locomotor do cavalo. O anterior é maior e mais oblíquo que o posterior. É uma parte insensível que tem a denominação de escudo do pé e indica que esta função protetora necessita de uma completa estrutura anatômica para que, por muito tempo, atenue as pressões e reações.
O casco dever ser simétrico e ter as partes anterior e inferior mais largas; a pinça deve ter o dobro do comprimento dos talões e formar um ângulo de cerca de 50º com a horizontal; o períoplo, reto e inclinado de diante para trás; a face plantar, larga; sola côncava; ranilha volumosa, bem feita, elástica e forte; lacunas largas e bem acentuadas.
A matéria córnea do casco deve ser escura, rija e dotada de certa elasticidade, apresentando superfície lisa, íntegra e brilhante. Na ranilha, deve ser mole, elástica e forte.



Para ter uma boa conformação, um cavalo deve ter uma conformação dos membros razoavelmente boa, visto que a pata reflete a má conformação dos membros. Existe muita variação na qualidade de estrutura das patas dos cavalos.
A parede do casco deve ser espessa para suportar o peso do cavalo, ser resistente, flexível e possuir qualidades normais de crescimento. Deve ser mais espessa na pinça e adelgaçar-se gradualmente em direção aos talões, mostrar desgaste igual nos lados medial e lateral.
A sola também deve ser espessa o suficiente para resistir a irregularidades do solo. Deve ser ligeiramente côncava de medial para lateral e da pinça para os talões. Não deve haver nenhum contato primário entre o solo e a sola, pois ela não é uma estrutura que suporta o peso.
As barras devem apresentar bom tamanho e a ranilha dever ser grande e bem desenvolvida, com um bom sulco central, ter consistência e elasticidade normais e não apresentar umidade; deve dividir simetricamente a sola em duas partes e seu ápice deve apontar para o centro da pinça.

A pata dianteira deve se circular e larga nos talões; o tamanho e a forma dos talões devem corresponder ao tamanho e a foram da pinça.
A pata traseira deve apresentar uma aparência mais pontiaguda na pinça e a sola geralmente mais côncava que a dianteira.
O eixo da pata, visto de frente e de perfil, é uma linha imaginária que passa através do centro da quartela. Esta linha deve dividir as falanges proximal e média em partes iguais. Visto de perfil, deve ser contínuo com o eixo da quartela e seguir o mesmo ângulo. O eixo normal das patas dianteiras deve ter um ângulo de 45° a 50°, a das traseiras de 50° a 55°.Uma pata nivelada indica que as paredes medial e lateral são do mesmo comprimento. Para determinar se uma pata está nivelada o membro deve ser seguro de modo que a superfície de contato com o solo possa ser vista ao longo do eixo longitudinal.
Uma linha imaginária dividindo o eixo do osso da canela, boleto e quartela cortada por uma linha transversal que toque a superfície de contato com o solo de cada talão deve resultar em ângulos de 90° na intersecção. Uma pata nivelada indica que o animal está desgastando uniformemente o casco e o movimento da pata em suspensão deve descrever um arco normal e regular, com o cavalo tocando o chão uniformemente sobre toda a pata. Os talões devem arriscar logo antes da pinça e o centro do peso deve ser localizado na ponta da ranilha. Na pata normal, o casco atinge o pico do arco de suspensão quando passa pelo membro de apoio oposto.


Ferrageamento
Com os estudos da biomecânica da locomoção dos eqüínos ficou comprovado que os métodos de aparação de cascos de ferrageamento, empíricos e que não respeitam a condição anatômica ideal dos cavalos, mantêm as pinças compridas e os talões baixos . Este método de aparação utilizado por falta de conhecimento ou por modismo é prejudicial à vida útil dos vários tecidos que compreendem o sistema locomotor, diminuindo a performance e a vida útil dos cavalos atletas.
As estatísticas mostram que, de cada 100 problemas diagnosticados nos locomotores, 80% estão nos membros anteriores e a grande maioria do joelho para baixo. A grande causa é a falta de alinhamento do sistema digital devido ao ângulo do casco menor do que o ângulo da paleta com a horizontal.
A pinça longa e os talões baixos, ocasionados pelo ângulo do casco menor do que o ângulo da paleta ou escápula, provoca um esforço maior de sustentação nos tendões flexores, ou seja, um braço de alavanca maior para suportar o peso de cima para baixo, que tenta jogar o boleto até o chão.
O recorte dos cascos deve ser realizado a cada quatro a cinco semanas e deve-se reposicionar as ferraduras dos animais que as utilizam também com a mesma freqüência.O objetivo da aparação é tornar o formato, o ângulo do eixo e o nível da pata tão próximos do normal quanto possível. No entanto uma aparação muito entusiástica que objetiva criar um eixo da pata perfeita é desaconselhada, pois qualquer alteração radical poder provocar alterações patológicas.O caso deve ser recortado de modo que a quartela e a pata fiquem com seus respectivos eixos formando uma linha contínua. O cavalo deve ser observado em repouso e em movimento , para melhor determinar os ângulos da pata mais adequados para cada animal. A finalidade deste exame é avaliar a forma da pata e da sua relação com o membro em repouso e em movimento. Além disso deve-se observar se a pata está equilibrada no eixo correto.Se for lembrado do que cada cavalo é um caso particular e possui a sua maneira própria de se locomover, que está diretamente relacionada a conformação, torna-se evidente que as práticas de recorte e ferraçào devem ser modificadas para se adaptarem a cada caso. Após a observação, a parte deve ser limpa com um limpador de cascos. As porções mortas da sola e ranilha devem ser cortadas com a rineta. Realiza-se apenas cortes superfi ciais, pois a ranilha normal e as camadas protetoras da sola não devem ser removidas. Mantendo-se em mente os ângulos adequados para este cavalo em particular, a parede do casco deve ser aparada com o torquês . Normalmente o recorte é iniciado em um talão e termina no outro, ou recortam-se os talões em direção a pinça.A parede normalmente deve ser aparada até o nível da ranilha, mas nunca além da sola. Deve-se estar bem atento ao ângulo da torquês, evitando que se criem irregularidades na superfície da parede do casco que se apoia no solo. As barras devem ser aparadas apenas até o nível da parede do casco na região dos talões e não removidas. Deve-se utilizar uma grosa para nivelar a superfície inferior da pata alisando-a após a aparação correta A grosa deve ser segura de modo plano e nivelado, para que não se rebaixe uma parede mais do que a outra. A abertura dos talões ou corta-se a parte larga da ranilha entre a barra e a própria ranilha, pode ser feita. O recorte da ranilha nesta região é necessário para que ela limpe a si mesma, o que auxilia na prevenção de infecções da mesma. As bordas externas da parede do casco devem ser grosadas em cunha até o limite externo da linha branca , nas paredes do casco mais grossas, para diminuir a probabilidade de fendas ou rachaduras da parede do casco.É também importante que se preste atenção ao comprimento da parede do casco. Esta distância medida auxiliará a manutenção do mesmo comprimento da pinça da pata oposta ou membros pélvicos.

Procedimentos para Ferrageamento

1 - Conheça o ângulo da paleta do seu cavalo antes de se aventurar cortando o casco. Apare os cascos anteriores (mãos) e tente colocá-los com o mesmo ângulo da paleta. Confira o ângulo dos cascos com um gabarito angulador de casco. Os ossos digitais devem ser alinhados, de forma que colocando-se uma linha reta do meio do boleto e meio da quartela (falanges) ela deve passar pelo emio do casco, alinhada com as suas cânulas naturais (linhas verticais do casco). No casco achinelado as linhas do casco não concindem com este alinhamento da quartela , porque o casco tem ângulo menor do que a paleta e a linha é quebrada para baixo (lado do chão).
2 - Limpe a sola, abra os 3 canais da ranilha de forma a deixar passar o dedo mínimo para entrar ar , obtenha a concavidade da sola e não corte jamais as barras, pois ela são a continuidade da muralha de sustentação e garantem 30% da sustentação do cavalo.
3 - Assegure que os cascos estão balanceados no sentido médio-lateral ( largura) e ântero-posterior ( comprimento). As metades do casco esquerdo, por exemplo, devem ser iguais, assim como os comprimentos desde a pinça até cada um dos talões. Depois confira para que os cascos dianteiros sejam iguais entre si. Quando aparar os cascos traseiros, siga as mesmas instruções. Assim, quando o cavalo coloca o casco no chão ambos os talões apoiam no chão ao mesmo tempo e o casco rola a pinça no meio, o desgaste da ferradura ocorre exatamente na frente e o vôo ou breakover é elegante e para a frente (avante).

4 - Escolha a ferradura de acordo com as necessidades do cavalo e ajuste-a ao casco bem aparado. A ferradura deve proteger toda a muralha de sustentação, apoiando-se até o final do talão, sem obstruir os canais da ranilha e possibilitando expansão da muralha nos quartos e talões. Nos posteriores, a ferradura pode ter ligeiro sobrepasse de talões, nos animais de talões fracos ou escorridos, de forma a dar maior base de sustentação para o cavalo. A mesa da ferradura é escolhida de acordo com a atividade do cavalo. Mesa estreita (filete) para corrida, mesa média ( 17mm) para trabalho, treinamento e lazer e mesas mais largas para esbarro( 25mm) ou tração. O material da ferradura ( aço, alumínio puro, liga de alumínio, poliuretano com alma de alumínio e outros metais especiais), bem como os demais acessórios ( guarda casco, agarradeiras, palmilhas, talonetes e até rampão) devem ser escolhidos de acordo com a atividade , de preferência com conhecimento, para não prejudicar a performance doanimal.

5 - Fixe a ferradura com o cravo adequado, escolhido de acordo com a espessura da ferradura e com o canal ou craveira, de forma que a cabeça do cravo fique totalmente embutida na concavidade do buraco ou canal da ferradura. Os dois últimos cravos a serem pregados não devem ultrapassar a "linha do juízo do ferrador", ou seja, a linha imaginária que une o final dos médios do casco, antes dos talões. Complicado? Não. Imagine o meio da ranilha, com o casco levantado, e trace uma linha para os dois lados. Ela passará sobre a muralha de sustentação (onde a ferradura apoia) exatamente no lugar dos últimos cravos, em cada lado da ferradura. Esta é a " linha do juízo do ferrador".

6 - Depois de bater os dois primeiros cravos (ombros) e os dois últimos ( talões) da ferradura, bata o guarda casco (se houver). Apoie o casco com a ferradura no chão e observe se a linha imaginária que passa pelo meio do boleto, da quartela e do casco (eixo ântero-posterior do digital) está reta. Se estiver tudo bem, pregue os demais cravos, lembrando que uma boa ferradura terá, no mínimo, 5 furos de cada lado e furos nos talões para colocar agarradeira ou cravar talonetes , calços para corrigir aprumos ou palmilhas. Ferradura barata com três ou quatro furos de cada lado nem sempre atende as necessidades do seu cavalo.

7 - Por último, mas não menos importante, depois de acabar de fazer o serviço, não esqueça de repor o verniz dos cascos com o CASCOTÔNICO, para devolver também a flexibilidade, incentivar o crescimento e proteger a sola, paredes e ranilha contra as brocas , frieiras e podridão.
Erros de Ferrageamento

Em se tratando de cavalos domesticados, a grande maioria tem sido vítima dos métodos empíricos e antinaturais de aparação de cascos e ferrageamento, com características que contrariam o processo natural de sustentação mecânica do cavalo. Os prejuízos resultantes, comumente enquadrados nas afecções ou contusões do sistema locomotor, chegam, hoje, à cifra de 80% nos anteriores, que sustentam cerca de 65 a 70% do peso vivo do animal. Em certas fases da locomoção, o animal é suportado por apenas um dos locomotores e os efeitos naturais da concussão e compressão, causadas pelo peso do submetido ao locomotor, são danosos às bases inadequadas do cavalo.As estatísticas conhecidas comprovam a importância de dar ou devolver ao cavalo a sua condição anatômica ideal. Nem sempre o casco aparado empiricamente ou o ferrageamento conseqüente estão dando ao cavalo condições ideais de sustentação, e, os seguintes pecados capitais podem ser identificados:

Não conhecer a condição anatômica ideal de cada cavalo antes de inicia a aparação de casco e o ferrageamento. Esta condição é dada pelo ângulo da paleta (escápula) com a horizontal, medida pelo nível de escápula ou artro-goniômetro.
O eixo ântero-posterior do sistema digital (linha imaginária que divide ao meio o boleto, a quartela e o casco) é quebrado para baixo e não reto como deveria ser, para que o digital suportasse a força de concussão do casco com o solo. Esta característica é o resultado de cascos compridos de pinça longa e t alões baixos (achinelados), que provocam pressão intensa na parte anterior das articulações dos ossos digitais ( falanges), distenção constante de tendões flexores, compressão excessiva da área do osso navicular e alteração do vôo do casco.
As barras são, em geral, cortadas pelos casqueadores, que desconhecem as suas funções. Elas são a continuação da muralha de sustentação e têm a finalidade de transmitir o peso para a perifieria do casco e de constituir um escoramento ideal para impedir o estreitamento dos talões e bulbos. A ausência de barras concentra o peso sobre os talões e ranilha.
As solas do casco, com os problemas vistos anteriormente, perdem a concavidade, são grossas e planas, sem muita flexibilidade e capacidade para absorver choques e sustentar o peso. A falta de concavidade diminui as ações de expansão e contração do cascos.
Como a angulação do casco e sistema digital não é medida e comparada com a condição anatômica ideal do cavalo que é dada pelo ângulo da paleta (escápula), o animal, muitas vezes,não tem o plano de sustentação ideal, colocando o casco de forma inadequada no solo.Esta condição aliada à condição de termos cascos desbalanceados, com metades desiguais, é conhecida como desbalanceamento médio-lateral. A parte do casco que tóca o solo por último é a que se desgasta mais, porque recebe maior esforço e atrito durante o movimento.O desbalanceamento é a causa de cascos tortos, dos vícios de movimentação dos locomotores e dos problemas de aprumos.O casco balanceado deve ter as metades iguais e os comprimentos entre cada talão até a pinça também iguais.
A abertura dos canais da ranilha (lateral, central e medial) é fundamental para o arejamento da sola (maior entrada de ar), e facilidade para o movimento de abre e fecha dos talões do casco e do trabalho de junta de dilatação da ranilha.O canal central da ranilha quando fica fechado é foco de frieira ou pododermatite exudativa que amolece a ranilha, provoca mau cheiro e prejudica a performance do animal, sobretudo em piso de areia.
Não repor o verniz das partes raspadas pela grosa ou outras ferramentas usada na aparação do casco. O verniz é a proteção que garante a taxa de evaporação e a umidade necessária ao casco. A falta de verniz provoca o ressecamento e as rachaduras, devido a deficiência de keratina. O único produto que incorpora a tecnologia de devolver o vitrificado das partes raspadas é o Cascotônico, que penetra na matéria córnea devido à sua forma líquido-oleosa, tendo, ainda, ação bactericida, fungicida e de enrigecimento controlado do casco e ranilha.O Cascotônico possui em seu principio ceras e óleos vegetais e animais que incentivam o metabolismo de crescimento e renovação dos tecidos.

A Limpeza dos Cascos


Comece pelo membro dianteiro ,posicionando-se corretamente, ou seja, se você vai limpar as patas dianteiras, fique em pé do lado do cavalo. Quando o cavalo já estiver acostumado, ele logo erguerá a pata ao sentir o toque de suas mão em seus membros. Uma prática segura é empurrar a espádua do cavalo com seus ombros para que ele desloque seu peso para as outras patas. Uma vez que a pata estiver levantada segure-a com uma mão e limpe com a outra.

No membro traseiro o processo é parecido com o das patas dianteiras, mas talvez um pouco mais complicado devido a conformação do animal (anatomia do jarrete). Primeiro levanta a pata para frente, somente depois vire-a para trás. Para pegar a pata traseira, fique de pé ao lado da garupa na altura da anca do cavalo. É importante ficar bem perto, pois caso o animal tente dar coice, será mais fácil esquivar-se. Apóie as duas mãos na garupa do animal e depois vá descendo por trás do quarto traseiro do animal. Quando suão mãos atingirem a canela faça leve pressão até que ele dobre seu jarrete e estenda-o para frente (antes de vira-lo para trás).
Segure a pata de seu cavalo distante do chão para que ele perceba que você quer mantê-la em suas mãos. Faça com que perna, joelho e jarrete dobrem naturalmente.
Quando a perna estiver em suas mãos, ou em seu colo, e o cavalo não estiver mais puxando, comece a limpeza do casco. Para a sua segurança, nunca limpe enquanto o cavalo estiver puxando, ou tentando estirar.
O material usado é um limpador de metal, normalmente coberto com borracha onde você segura. Mas, a maioria prefere o modelo de plástico ou ferro. Existe alguns que ainda tem uma escova acoplada para fazer a limpeza dos entulhos mais fácil.Medidas de Segurança
Com um cavalo novo ou irrequieto amarre-o ou tenha alguém para segura-lo. Com um cavalo novo ou irrequieto amarre-o ou tenha alguém para segura-lo.Nunca mexa, ou tente levantar a pata sem antes manter um contato com a parte superior do corpo do animal, pois os mesmos podem reagir dando coices ou pulando de surpresa.Nunca sente no chão para limpar os cascos de um cavalo. Você fica sem mobilidade caso o cavalo queira se mexer ou dar coice.Nunca casqueie um cavalo quando estiver descalço, pode ser perigoso.Caso moscas sejam o problema, passe um spray repelente em seu cavalo, antes mesmo de segura-lo, para evitar que o incomodem.

Fonte: Centran Toledo http://www.toledohorse.com.br/

(Equitação Especial)