6 de agosto de 2010

Implantação de um Projeto de Equoterapia: Uma visão do Psicólogo


O presente trabalho objetivou revelar os benefícios da Equoterapia a partir do ponto de vista psicológico gerados pelo projeto de Equoterapia implantado  na Sociedade Hípica de Franca. O projeto procurou atender crianças e adolescentes da rede municipal de ensino, por estarem apresentando problemas no comportamento e/ou aprendizagem. As sessões de Equoterapia foram realizadas uma vez na semana, com duração de 40minutos, para cada dupla de praticantes.  
O período em que ocorreu a Equoterapia, foi de Maio a Dezembro de 2004. Primeiramente fez-se uma entrevista de Anamnese com os pais, e em seguida, os praticantes foram entrevistados e observados, objetivando ter uma maior compreensão dos mesmos. A entrevista foi feita de forma aberta, com a utilização do desenho livre. Com os resultados alcançados através da Equoterapia, pôde-se notar que a implantação deste projeto foi realizada com sucesso. Pudemos revelar os benefícios ocorridos em vários aspectos, principalmente no psicológico.

INTRODUÇÃO
Pelo fato de estar há dez anos praticando o hipismo e cursar o 5º de Psicologia na Universidade de Franca, acredito ser interessante implantar um projeto de Equoterapia na cidade.
De acordo com a Associação Nacional de Equoterapia ANDE/BRASIL, a palavra Equoterapia, vem do latim “EQUO”, que é espécie caballus, ou seja, significa cavalo. A “TERAPIA” vem do grego Therapia, parte da área da medicina que trata da aplicação de conhecimentos técnicos-científicos no campo da reabilitação e reeducação.
A Equoterapia trabalha o indivíduo como um todo, isto é, na forma biopsicossocial. Utiliza-se o cavalo como instrumento reabilitador, buscando a reabilitação do praticante (nome dado ao paciente de equoterapia) de forma integral. Portanto, emprega o cavalo como agente promotor de ganhos físicos, psicológicos e educacionais (BITAR et al., 2004). É desenvolvida ao ar livre, onde o indivíduo estará intimamente ligado com a natureza, proporcionando assim a execução de exercícios psicomotores, de recuperação e integração, completando as terapias tradicionais em clínicas e consultórios.
Deve-se ressaltar que o ambiente equoterápico deve seguir normas específicas da ANDE-BRASIL, sejam de qualificação estrutural, assim como de ordem de acolhimento do praticante. De acordo com Rosa (2002), como no ambiente equoterápico, o praticante é o centro das atenções, é fundamental estabelecer conhecimentos, técnicas, estratégias, procedimentos para recebê-lo com carinho, respeito, compreensão e segurança.
O ato de cavalgar em um animal manso, porém de porte avantajado, possibilita ao praticante experimentar sentimentos de independência, liberdade e capacidade, contribuindo assim para o desenvolvimento da afetividade, autoconfiança, auto-estima, a organização do esquema corporal, responsabilidade, atenção, concentração, memória, criatividade, socialização, entre outros. Pelo seu tamanho, ele impõe respeito e limites, sem envolver-se emocionalmente, facilitando assim a aceitação de regras de segurança e disciplina. Portanto, engloba ao mesmo tempo, as qualidades de um terapeuta, um educador e um motivador.
É importante ressaltar que o cavalo de equoterapia deve ser selecionado e treinado pelo profissional adequado. Analisar o comportamento do animal a partir desse conhecimento permite encontrar em seu manejo e treinamento, as causas e soluções para os problemas. A análise biomecânica dos seus movimentos demarca a base para a sustentação de sua escolha para a terapia. Conhecer profundamente os efeitos do movimento do cavalo é crucial. No entanto, o cavalo não pode ser considerado somente um instrumento, objeto, mas sim um ser vivo que possui instintos, comportamentos, reflexos e necessidades (ROSA, 2002).
Nesta terapia, a área da Psicologia não realiza aquilo que costuma chamar de psicoterapia “clássica”, ou seja, na Equoterapia há maior diretividade do trabalho, isto porque o ambiente em que esta se desenvolve possui estímulos variados, tais como o espaço físico, as atividades pré-programadas, o cavalo, os terapeutas e os acompanhantes do praticante.
A Equoterapia baseia-se numa relação transferencial e triangular entre terapeuta-praticante-cavalo, o que poderá possibilitar ao indivíduo o acesso entre seu mundo imaginário e a realidade. Ao mesmo tempo, o cavalo emprega uma função de intermediário entre o mundo intrapsíquico do praticante, composto de desejos, fantasmas, angústias, e o mundo externo, ocupando o espaço lúdico do praticante (LALLERY, 1988; HERZOG, 1989 apud ARLAQUE et al., 1997).
Tendo em vista a importância da Equoterapia e que Franca não possuía tal serviço, realizou-se um projeto para sua implantação do mesmo. O objetivo, portanto, deste trabalho é apresentar essa implantação, sob o ponto de vista do Psicólogo.
A procura pelo atendimento nesse serviço implantado, surgiu, pelo fato de crianças e adolescentes da rede municipal de ensino, estarem enfrentando problemas na aprendizagem e/ou no comportamento. Deste modo, as professoras dessas escolas encaminharam os alunos, com o intuito de melhorarem estes aspectos, já que se encontravam deficitárias.
Ao participar de competições de hipismo em várias cidades, pude presenciar sessões de Equoterapia com pessoas portadoras de necessidades especiais. Tive a oportunidade de conversar com vários profissionais que trabalham na área, e percebi que os resultados são realmente bastante significativos, em todos os aspectos. Deste modo, passei a me interessar cada vez mais pela área, e sendo assim cheguei a conhecer vários outros lugares que se desenvolve esse tipo de terapia, além de realizar vários cursos em equitação e principalmente em Equoterapia.
Do ponto de vista psicológico, a Equoterapia tem por objetivo acompanhar e orientar os praticantes e seus familiares. E por meio de instrumentos lúdicos, como jogos, brincadeiras, transposição de situações, diálogos, o profissional auxilia na elaboração de aspectos emocionais, conflitos e situações.
Na Equoterapia, o psicólogo realiza avaliações psicológicas com a família e principalmente com o praticante, para ter uma maior compreensão do mesmo. Além disso, auxilia na aproximação do praticante com o animal, o que é crucial para o desenvolvimento do tratamento. O psicólogo ajuda na montaria, que ocorre a partir do momento em que se estabelece um vínculo afetivo entre o indivíduo e o cavalo, encontrando assim, confiança para montar. Porém, quando há dificuldade em montar o animal, é realizado o processo de maternagem, isto é, o terapeuta monta juntamente com o praticante, objetivando fornecer-lhe maior segurança. Desta forma, a função do psicólogo é acompanhar diretamente cada praticante, durante o processo de aproximação e separação do animal.
O profissional ajuda a revelar as necessidades, os limites e potencialidades do praticante, juntamente com a família ou responsáveis e demais membros da equipe, para que se tenha um melhor desempenho inter e intrapessoal. Além disso, o terapeuta analisa e reavalia a situação atual do praticante antes do início da terapia para uma melhor adaptação às características do trabalho com o cavalo.
O animal, por si só, desempenha uma presença viva, afetiva e concreta, que evoca sentimentos e emoções, como alegria, serenidade, medo, raiva e tristeza. Deste modo, não é interessante considerar apenas as estimulações, funções motoras e psicomotoras que o andar a cavalo propicia, mas também o componente racional que é desenvolvido entre a pessoa e o animal que engrandece este tipo de terapia, tornando-o um agente facilitador para uma intervenção psicoterápica (MASIERO, 2004).
Assim, percebe-se a importância de um trabalho desse tipo a ser oferecido às crianças e adolescentes que apresentam problemas ou dificuldades.

MATERIAIS E MÉTODOS
A implantação do projeto de Equoterapia na cidade de Franca, iniciou-se em Maio de 2004 na Sociedade Hípica de Franca, se estendendo até Dezembro do mesmo ano. Em Agosto de 2003, funcionava o projeto “Educação pela Equitação”, com base em fisioterapia e aprendizagem em equitação.
Em 2004, implantou-se a Equoterapia com bases psicológicas, tendo na equipe uma fisioterapeuta e um instrutor de equitação e uma estagiária de Psicologia. Dos onze praticantes que participaram do projeto, foram observados e analisados quatro deles, sendo três adolescentes de 12 anos, e uma criança de 6 anos, todos do sexo masculino. Somente os quatro alunos foram analisados, devido ao fato de terem sido os primeiros a submeterem ao tratamento.
Neste projeto, a Sociedade Hípica de Franca, cedeu os animais mantendo assim os custos de estadia e alimentação, e a Prefeitura Municipal de Franca, através da Secretaria da Educação, cedeu o transporte do aluno e do acompanhante. Vale ressaltar que a idéia de implantação partiu de um trabalho totalmente voluntário, por parte de toda a equipe.
Ao desenvolver este projeto, a psicóloga e docente Denise Emilia de Andrade supervisionou todo o trabalho, em seus aspectos psicológicos.
Os alunos foram encaminhados pelas professoras das escolas municipais, por estarem com problemas de aprendizagem e/ou comportamento.
Inicialmente, foi realizada uma entrevista de anamnese com os pais ou responsáveis. Esta teve duração de 40 minutos. Primeiramente, foi explicado como seria desenvolvida a terapia. Em seguida, foi estabelecido o tempo de duração da sessão, o dia em que seria realizada, o controle das faltas e a questão do sigilo. Através da anamnese, foram colhidos os dados pessoais do praticante, foi investigada a infância do mesmo, englobando sua gestação, alimentação, hábitos higiênicos, jogos e brincadeiras, escolaridade, desenvolvimento físico, desenvolvimento geral, sexualidade e seu relacionamento familiar.
Na entrevista com os praticantes, foi estabelecido primeiramente o rapport e em seguida realizou-se o desenho livre. Esta teve duração de 30 minutos.
A Equoterapia foi desenvolvida uma vez na semana, com duração de 40 minutos para cada dupla de praticantes.
No que diz respeito às faltas, foi estipulado a cada aluno que, não haveria abono sem justificativa, permitindo então, somente três faltas.
Os materiais utilizados foram dois cavalos, equipamentos especiais de montaria, como capacete, uniforme, manta e cabeçada, além de uma pista de areia de 30m x 20m. Foi utilizada uma sala para a realização de avaliações, um escritório, uma sala para recepção, papeis, canetas, fichas de avaliação e computador.
Em relação aos materiais utilizados para a Equoterapia, foram usadas bolas, giz de cera, papéis, argolas, cubos, balizas, varas, cavaletes, entre outros materiais e jogos pedagógicos. Quanto aos materiais de higiene do animal, foram utilizadas escovas, pentes, xampus, raspadeiras, limpador de casco.
No início do Mês de Dezembro, foi realizada uma reunião com os responsáveis dos praticantes, para avaliar o desempenho e o progresso dos mesmos durante o período que praticaram a Equoterapia.
Ao final foram realizadas análises das avaliações, dos registros e dos protocolos, e fotos, para as conclusões finais do trabalho.

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A proposta de implantação do projeto de Equoterapia surgiu, a partir do momento em que pôde-se observar os benefícios psicológicos proporcionados por ela. Embora seja um método terapêutico pouco difundido, percebe-se a necessidade em divulgá-lo, de forma que revele os resultados alcançados com o uso do cavalo.
A grande importância em utilizar o animal como instrumento terapêutico provém do movimento que o passo do cavalo transmite ao praticante: ritmado, repetitivo e simétrico. Esse movimento tridimensional, produz um deslocamento da pelve do praticante, parecido ao que uma pessoa realiza ao andar, proporcionando a conscientização corporal do portador de dificuldade, incentivando a aprendizagem ou reaprendizagem da marcha. Além da habilitação e reabilitação motora, a interação com o animal, possibilita ao praticante trabalhar aspectos como a afetividade, autoconfiança, auto-estima, senso de limites, socialização, segurança, autonomia, responsabilidade, dificuldades de aprendizagem. Nesse sentido, o cavalo permite desenvolver atividades motoras, psicomotoras, afetivas, cognitivas, possibilitando, assim, a reintegração do praticante na sociedade (EQUOTERAPIA..., 2004).
Os resultados obtidos através da Equoterapia e analisados com base na Psicologia, se deve ao fato de utilizar o animal, permitindo assim, trabalhar o afeto, a autonomia de ir e vir. As emoções e as sensações provocadas por ele, levam o indivíduo a um confronto consigo mesmo, que é corporal e ao mesmo tempo psico-afetivo. É por meio de vibrações corporais que o cavaleiro vivencia uma experiência que remete ao seu mundo interior, construindo e realizando seu próprio bem estar, pelo viés do cavalo, este seu outro eu (BRENTEGANI, 2004).
É importante pensar que a Psicologia, vem ampliando cada vez mais seu campo de atuação, a fim de criar recursos para a saúde e o bem estar do indivíduo. É de extrema importância aumentar a diversidade de recursos terapêuticos, pois, por meio destes, criaremos condições para o crescimento e para a vida. A intenção de implantar a Equoterapia na cidade de Franca procurou revelar os resultados a partir do ponto de vista psicológico, mostrando assim, mais uma modalidade de trabalho para o profissional de Psicologia.
Quando questionamos sobre a atuação do Psicólogo, geralmente pensamos em um tratamento que ocorre individualmente, ou seja, a relação terapêutica é exercida em sua maioria entre paciente e terapeuta. Na Equoterapia, o atendimento ocorre de maneira interdisciplinar, isto é, há grande parceria entre profissionais das áreas da saúde, educação e equitação, que estão envolvidos no tratamento do praticante. Trabalhar interdisciplinarmente é um processo muito rico, pois podemos trocar nossos conhecimentos com profissionais de outras áreas. Desta maneira, temos a oportunidade de conhecer o indivíduo como um todo e não fragmentado.
Fazenda (1994), afirma que a interdisciplinaridade é uma exigência natural das ciências, no sentido de uma melhor compreensão da realidade que elas nos fazem conhecer. É uma questão que parte das indagações, do diálogo, da troca de informações, da humildade, enfim, da reciprocidade.
Sendo assim, caberá ao Psicólogo conhecer todos esses profissionais que estarão trabalhando juntos, ajudando na desenvoltura da equipe, realizando reuniões, para haver essa harmonia entre todos e obter um resultado significativo no trabalho. Deverá conhecer também o praticante, procurando identificar suas limitações e potencialidades e também conhecer muito bem o cavalo, suas características, para obter uma visão precisa do tratamento. Além disso, o profissional deverá conhecer todo o material empregado nas técnicas e exercícios utilizados na Equoterapia (BRENTEGANI, 2004).
Pode-se dizer, que o trabalho desenvolvido na Sociedade Hípica de Franca, ocorreu de forma interdisciplinar, havendo assim, uma parceria entre os membros envolvidos, como o instrutor de equitação, a fisioterapeuta e a estudante de psicologia.
Em relação à entrevista realizada com os praticantes, a mesma ocorreu de forma aberta, com a utilização do desenho livre.
Arno Stern (apud PILLAR, 1996) afirma que, a criança ao desenhar, não produz lembranças visuais, mas traduz claramente sensações e pensamentos. O desenho é, portanto, a expressão do que a criança sente e pensa, isto é, é um espelho, uma imagem representativa dela mesma.
No que diz respeito aos desenhos dos praticantes, pôde-se observar que representaram claramente seus sentimentos e pensamentos. Alguns desenhos foram considerados inferiores, se comparados com a idade dos mesmos.
Durante os oito meses de atividades equoterápicas, pôde-se observar que, os praticantes obtiveram resultados significativos tanto na aprendizagem, quanto no comportamento.
No que diz respeito à aprendizagem, foi observado que, ao realizarem atividades de percurso com varas, números e letras, obtiveram uma melhora significativa na atenção, concentração e na memória. Através dos jogos pedagógicos, pôde-se notar melhora no raciocínio, na aceitação de regras e perdas.
Em relação ao comportamento, foi observado um progresso nos aspectos da comunicação, timidez, medo, limites, disciplinas e a responsabilidade, por meio de outras atividades e jogos, além do contato e manuseio do animal, durante toda a sessão.
A Equoterapia se introduz no contexto da aprendizagem, sobretudo quando se trata de crianças que apresentam dificuldades na área da escrita, Matemática, leitura, psicomotricidade ou social. A questão da atenção, concentração e memória, também é trabalhado nesta terapia, pois é necessário que o praticante mantenha a atenção concentrada durante os trinta minutos em que é desenvolvida a sessão. Este é um fator bastante importante para o bom desempenho do aluno na escola, pois a atenção é a base do aprendizado. O indivíduo, estando atento, consequentemente selecionará o que realmente quer aprender e guardar em sua memória para utilizar em outros momentos (FONSECA apud MENDES, 2004).
Pode-se dizer, que a terapia inicia-se no momento em que o praticante entra em contato com o animal. Em um primeiro momento, o cavalo representa para o indivíduo uma situação diferente, com a qual o praticante terá que saber lidar, aprendendo a forma correta de interagir, de montar e comandá-lo. Essa relação por si só, já proporciona ao indivíduo, o desenvolvimento da afetividade, auto-estima, autoconfiança, limites, uma vez que a relação com o animal exige certas regras que não podem ser infringidas.
No que diz respeito aos pais dos praticantes, pôde-se notar que houve um grande interesse por parte dos mesmos. Tiveram a oportunidade de acompanharem a evolução de seus filhos durante o atendimento. Na reunião de finalização, foi possível perceber, que as mães ficaram bastante felizes com o progresso dos seus filhos, embora tivessem outros aspectos a serem melhorados. O contexto da reunião contribuiu também para as mães conversarem e refletirem sobre suas dificuldades, dúvidas, medos, angústias, sentimentos de culpa em relação a seus filhos.
De acordo com Madureira e Souza (2001, p. 6), “a necessidade de orientação e acompanhamento psicológicos aos pais de praticantes de equoterapia, é tão importante quanto os cuidados técnicos”. A família traz consigo, expectativas por um novo atendimento, melhoras, perspectivas, sentimentos de culpa, insegurança, medo, ansiedade, incerteza, entre outros.
A valorização da família auxilia no trabalho com o praticante, podendo assim, realizar um trabalho em conjunto com os pais, de modo a orientá-los em comportamentos referentes à história pessoal e familiar, favorecendo uma mudança em suas percepções e valores de suas realidades.
Enfim, compreender a Equoterapia em sua totalidade, é tarefa de todos os profissionais envolvidos. O dia-a-dia equoterápico está impregnado de buscas infinitas. As respostas às dúvidas também são complexas e desafiadoras. Todo esse esforço tem um motivo, indescritivelmente maravilhoso, o praticante (ROSA, 2002).

CONCLUSÃO
Com a implantação da Equoterapia na cidade de Franca, verificou-se através dos resultados, que os praticantes foram influenciados pelo atendimento equoterápico, adquirindo assim, melhoras significativas, principalmente nos aspectos psicológicos.
Foi possível perceber, que a implantação deste serviço, realmente foi de grande valia. É importante ressaltar que, tanto os voluntários, quanto os pais e praticantes, acreditaram no tratamento, procurando assim conduzi-lo com afinco e satisfação.
Pode-se considerar que a Equoterapia é uma área em construção, e o percurso das etapas dessa construção são bastante complexos.
Com a descoberta dos benefícios trazidos ao ser humano através dessa terapia, percebeu-se a necessidade em divulgar esta nova modalidade terapêutica, para que outros profissionais e pessoas possam utilizar desse novo método. Embora o cavalo seja um recurso, no qual quase todas as pessoas têm proximidade e acesso, ainda não se têm consciência dos benefícios que este animal pode proporcionar.
Posso dizer que a experiência em trabalhar com a Equoterapia foi muito importante tanto para minha vida, quanto para minha futura profissão.
Acredito que minha dedicação neste trabalho, contribuiu muito para meu aprendizado e, com certeza para o aprendizado dos praticantes.

Roberta Gimenes - Psicologa