6 de novembro de 2009

As Zonas Quentes do Cavalo de Dressage

Os muitos precisos movimentos de dressage só podem ser executados corretamente por um cavalo completamente "supple". O equilíbrio de um cavalo de dressage tem de ser mantido e ser capaz de absorver variações de ritmo e de comprimento de passada nos movimentos para a frente, para trás, laterais e de suspensão, sem alteração da postura.Para que o cavalo consiga trabalhar nesta postura correta, uma cadeia de músculos interligados com tendões, ossos e ligamentos atuam de modo a permitirem que os músculos da "linha de cima" se alonguem enquanto os da linha do abdômen se contraem. Em resposta à ação destes músculos, a cabeça baixa e os posteriores são metidos debaixo da massa permitindo que o cavalo "suba" e transporte o cavaleiro com a elasticidade necessária à efetivação de movimentos bastante complexos. Cada movimento envolve vários músculos ou grupos musculares o que explica a razão pela qual um problema ou espasmo muscular numa determinada área tem por vezes um efeito devastador noutras zonas do corpo do animal. Se, por exemplo, o músculo longíssimos dorsi (que passa sobre a linha de cima do cavalo) está desconfortável o cavalo pode não conseguir "meter as pernas" em certos exercícios. Do mesmo modo, se houver dor nos músculos peitorais, os movimentos de extensão são prejudicados.As áreas que, na nossa experiência, são mais afetadas no cavalo de dressage são as que se encontram demarcadas a negro no diagrama que acompanha este artigo. A saber :1) O pescoço - particularmente os músculos braquiocefálicos e trapézios, se este for forçado em flexão por métodos artificiais ou for obrigado a manter a extensão por períodos prolongados.2) A região dorso-lombar em casos de selas que não sirvam bem, o uso excessivo do “assiete" pelo cavaleiro ou se existe uma deficiência de movimentos (dor referida).3) A articulação Sacro-Ilíaca.4) Os músculos glúteos dos posteriores.5) A zona anterior e posterior da perna, e os curvilhões.Como em todas as modalidades eqüestres é muito importante o notar de qualquer alteração no movimento do cavalo para que a origem do problema seja determinada antes de se tornar mais grave. Do mesmo modo deve-se tentar avaliar qualquer diferença de reações nas ações de limpeza diária, ao mesmo tempo que se "sentem" os músculos relativamente à tensão, zonas mais quentes ou com acumulação de fluido.