19 de agosto de 2009

Regras para Esportes Equestres Internacionais com abordagem ao Portador de Necessidades Especiais


Geral
Estas regras estão de acordo com as regras da Federação Eqüestre Internacional (F.E.I.) e modificadas pelo Comitê Eqüestre Paraolimpico Internacional (I.P.E.C.) A língua oficial de jogos internacionais é o inglês Quando houver concomitância de competições nacionais e internacionais estas serão avaliadas separadamente O Código de conduta quanto aos competidores e cavalos deve ser rigorosamente seguido As confederações nacionais (C.B.H.) serão responsáveis pelo bem estar dos competidores e cavalos, bem como outras pessoas envolvidas na competição. Esta conduta refere-se não somente ao período de competição mas também ao período de treino .
Objetivos
A escolha pelo adestramento clássico se deve ao objetivo de melhorar equilíbrio, controle, mobilidade, memória e liberdade. Equitar os movimentos requeridos para as reprises mantendo um bom ritmo preenche este propósito Do cavalo o adestramento clássico requer um bom desenvolvimento psíquico e harmonia de movimentos, tornando-os calmos e confiantes, desenvolve leveza no antemão e submissão às ajudas .

Elegibilidade
São elegíveis para as competições nacionais e internacionais, segundo os critérios da IPEC todos cavaleiros que foram classificados e qualificados pela comissão técnica oficial. São admitidos para a classificação todos cavaleiros que apresentem déficit parcial ou total de algum órgão sensorial , função reduzida ou ausente de membros, amputações, limitação de função do tronco.Pessoas com disfunção intelectual ou mental podem solicitar a classificação, mas não será disponível por correio. A avaliação deverá ser feita pelo psicólogo e pedagogo da equipe técnica.

Classificação e Qualificação
A classificação acontece no momento em que o cavaleiro manifesta sua intenção de participar de provas oficiais classificatórias para as paraolimpiadas. Ela consiste em uma descrição visual das limitações numerada ,chamada de perfil, que vai de 01 a 48.
Todos cavaleiros devem ser classificados nacionalmente de 6 a 12 meses antes das competições internacionais. Para as competições nacionais a comissão classificatória será do próprio país e nas competições internacionais as comissões serão trocadas entre os países competidores.
A comissão classificatória é composta de um coordenador técnico que deverá ser fisioterapeuta acostumado com o sistema de perfis e boa habilidade em adestramento clássico, um psicólogo, um pedagogo, um médico e um equitador. Para a avaliação dos animais um veterinário será necessário.
Todos cavaleiros serão encorajados a ser o mais independentes possível para tanto o uso de órteses e próteses será permitido menos aquelas que possam prejudicar o cavaleiro ou o animal durante a montaria. Estas órteses ou próteses deverão ser usadas durante a avaliação classificatória. Nenhuma órtese ou prótese que não foi usada durante a classificação poderá ser utilizada durante a competição.
A comissão classificadora foi treinada em cursos de especialização e registrada junto à Confederação Brasileira de Hipismo, Comitê Paraolimpico Internacional para os Jogos Eqüestres e passa a ser a comissão oficial para o Brasil.
Após a classificação será emitido um parecer pela comissão classificatória que designará uma qualificação para o cavaleiro. Esta qualificação poderá ser em um dos 05 (cinco) níveis de competição. O cavaleiro que se sentir apto a competir em um nível mais elevado poderá fazer sua inscrição nas provas de nível superior mas nunca em nível inferior.
Um dossiê de classificação e qualificação será enviado ao cavaleiro com copias para a CBH, IPEC, FEI e outra ficará em posse da comissão classificatória.
Procedimentos para Classificação
Levando em conta que o Brasil apresenta uma vasta área física e que para uma classificação e qualificação seria necessária uma verba substancial , ou por parte dos cavaleiros ou da comissão técnica para seu deslocamento, e lembrando que nem a classificação nem a qualificação terão custos ao cavaleiro, a comissão técnica achou por bem adaptar algumas regras, contando para tanto com o apoio da C.B.H.
O cavaleiro interessado em obter sua classificação e qualificação pode enviar, pelo correio, um dossiê fisioterápico o mais completo possível .
A comissão classificatória em posse deste dossiê o transcreve para o sistema de perfis (em caso de duvidas entra em contato com o fisioterapeuta responsável). O psicólogo da equipe entra em contato com o fisioterapeuta para outras informações que julgar necessário.
É elaborado o dossiê classificatório e qualificatório que é enviado ao cavaleiro junto com orientação para treinamento, exemplos de reprises, regras e agenda de competições de treinamento.· cópia destas informações é enviado à CBH.
Por ocasião da primeira competição que o cavaleiro classificado por este sistema comparecer será feito uma classificação e qualificação definitiva ao vivo com o comparecimento da equipe técnica nacional .
Feita a classificação definitiva ,será elaborado o dossiê com cópias para a CBH, IPEC, FEI, cavaleiro e comissão técnica.
A Equipe Técnica está sediada na Fundação Rancho GG para a qual deverão ser encaminhados os pedidos de classificação.

Ajuda Permitidas
Voz - o cavaleiro pode usar a voz desde que o faça com moderação de forma calma e inofensiva. Pinguelim - até dois são permitidos se a limitação de membros inferiores o exigir. Na saudação devem ser seguros pela mão não saudante.
Ajudantes - ajudantes podem ser posicionados nos cantos para ajuda em caso de emergência. Eles podem dar apoio psicológico mas isto pode resultar em eliminação do cavaleiro.
Comandos - todos cavaleiros podem ter a reprise lida em inglês ou na sua língua de origem.
Cada cavaleiro não pode ter mais de um "souffler" que deve estar colocado em um ponto fixo, fora da pista, de preferencia nas letra "E" ou "B".
Se isto não for possível , na letra "C", com anuência do juiz de pista.
O "souffler" deve dar assistência somente da seguinte forma:ler uma ou duas vezes o texto oficial, sem adicionar opinião própria. Cavaleiros com deficiência auditiva devem ser comunicados com linguagem de sinais internacionais ou comunicação por rádio-freqüencia(esta ultima será acompanhada pelo júri).
Se for dada outra assistência, isto resultara em eliminação.Reler para o competidor qualquer instrução do juiz apenas uma vez. A assistência deve se limitar a repetir as instruções, apoio psicológico só pode ser dado se solicitado pelo juiz de pista em "C".

Apoio de Voz ao Deficiente Visual
Os cavaleiros podem em adição ao "souffler" ter apoio de voz que será considerado equipamento especial e deverá ser especificado na classificação.
Na apresentação será efetuada uma reprise por vez ,com este auxilio, para não confundir o cavaleiro.
Apenas um elemento do auxilio será admitido dentro da pista. Os outros componentes estarão fora da pista se deslocando de uma marca para outra, tomando o cuidado de não atrapalhar a visão de nenhum dos juizes.Não serão mais de nove ajudantes, de preferência menos.
Cavaleiros com deficiência visual são encorajados a usar o menor numero d ajudantes quanto possível. Se for utilizado mais de um ajudante será escolhido um ajudante líder que se identificará ao júri.

Pista Oficial
A pista oficial para as competições paraolimpicos obedecem os seguintes critérios:
· metragem 20 X 40 metros
· altura de delimitação no mínimo 25cm ou 1m ,se no evento houver deficientes visuais ,(para as bordas de pista) e cerca delimitante ao redor de toda área utilizada evitando o acesso a cavalos estranhos ao evento
· a linha do meio e os pontos "D" "X" e "G" devem estar claramente marcados
· deve haver uma separação em relação ao público (incluindo fotógrafos) de 20 metros, se possível, mas no mínimo de 10 metros
· as letras de posicionamento devem ser preto sobre branco medindo 80 cm
· no caso de mais de uma pista em uso estas devem estar separadas, pelo menos, 15 metros· Serão usadas as letras "A" e "C" marcando a linha do meio, "E" e "B" na divisão transversal e as letras "K" "H" "M" e "F" a seis metros de cada canto, sobre as laterais de 40 mts., respectivamente
· deve ser facilitada a entrada em "A".

Traje
É obrigatório o uso de capacete obedecendo normas internacionais de segurança. Deve ser provido de queixeira e apresentar 3 a 4 pontos de dureza. Todos devem usar capacete quando montados.
Todos cavaleiros, quando montados devem estar devidamente trajados.
As botas ou botinas com perneiras devem ser pretas ou marrons.
As exceções devem ser justificadas por laudo médico e detalhadas no perfil classificatório.
Se um cavaleiro, por sua limitação, não puder usar botas ou botinas os estribos devem ser especiais.
O culote deve ser de cor clara (creme, bege ou branco) acompanhado de jaqueta escura (preta, marrom escuro ou azul escuro). Em caso de clima quente a jaqueta pode ser declarada opcional. Se a limitação permitir , deve-se insistir no uso de luvas.
Esporas são opcionais. Se usadas devem apresentar as seguintes características: braços flexíveis, ponta rombuda (sem roseta) voltada para baixo. Devem ser usadas apenas por cavaleiros que tenham domínio perfeito de suas pernas.

Equipamentos
As regras a seguir seguem especificações da FEI e incluem adaptações promovidas pela IPEC
Cintos pélvicos de segurança podem ser utilizados desde que seguros por velcro.
A aderência do velcro deve permitir a livre queda do cavaleiro do cavalo em caso de acidente. Deve ser submetido a aprovação do júri de terra e ao comitê da IPEC. Deve ser apresentado por ocasião da classificação a necessidade de uso do cinto.
Na montaria lateral as ajudas devem promover segurança e conforto. Devem ser aprovadas pelo comitê.Excetuando a montaria lateral a opção para uso de estribos só pode ser os dois ou nenhum.Em caso de amputação unilateral deve ser utilizado um estribo ( apenas se não for utilizada prótese). Esta condição deve ficar definida por ocasião da classificação. Se for utilizado sela americana os estribos devem ter adaptação de gaiola para impedir o transpasse do pé.
São permitidas as adaptações do assento da sela e nas abas laterais, desde que não prendam o cavaleiro à sela.

Embocaduras
O uso de embocadura é obrigatório. Se não estiver em função, as rédeas devem estar atadas ao fechador de boca ou a um colar de serviço.
Na qualificação de grau I e II deve ser utilizado apenas bridão. O bridão pode ser de metal, metal e borracha ou metal e material sintético. Se for utilizado bridão de metal, todas as partes que entram em contato com a boca do cavalo devem ser do mesmo metal.
Para o grau III e IV a orientação é a mesma mas pode ser utilizado bridão duplo.Hackamores e outras conduções sem embocadura não são permitidas.
São proibidas as rédeas auxiliares tais com: alemã, martingal, fixa de qualquer natureza. No trabalho à guia ,com ou sem cavaleiro, as rédeas fixas são permitidas.
Qualquer adaptação que produza um efeito similar às rédeas descritas é proibida.
Se a rédea não for utilizada deve estar fora do alcance das mão do cavaleiro e da boca do cavalo.· qualquer adaptação de embocadura ou rédea deve ser aprovada pelo júri de terra.
É obrigatório o uso do fechador de boca. O cavalo não deve ser submetido a mais de um fechador de boca.
Rédeas para pés, apoios de peito, apoio para rédeas são permitidos.
Ligas e botas eqüinas podem ser usadas durante os exercícios e antes das competições.
As Equiboots podem ser utilizadas no lugar de ferraduras durante o evento.
Apenas equipamentos especiais aprovados podem ser usados durante o evento , incluindo o período de treinamento .

Cavalos
Recomenda-se que não sejam utilizados cavalos com menos de seis anos de idade.
Devem estar treinados nas ajudas básicas do adestramento clássico, ser saudáveis e dóceis e acostumados com o ambiente de competição.
Devem ser tolerantes quanto a rampas, cadeira de rodas, muletas e outros equipamentos utilizados por pessoas portadoras de limitações físicas.
Os cavalos para os graus I e II podem ser equitados e treinados por vinte minutos diários pelos treinadores.
Os cavalos para os graus III e IV só podem ser montados pelos cavaleiros inscritos.
Todos os cavalos podem ser treinados na guia pelos treinadores (sem montaria).
O treinamento diário entre montaria e guia não pode exceder uma hora e trinta minutos.
O treinamento equitado não pode exceder uma hora diária.
Qualquer tempo de treinamento que exceder o permitido tem que ser aprovado por escrito pela comissão técnica.
Qualquer substituição de cavalo deve ser comunicada por escrito e só ser efetuada após resposta, também por escrito.

Seleção de cavalos quanto a cavaleiros
Logo após a chegada da maioria dos concorrentes será feita a apresentação dos cavalos disponíveis, divididos em grupos de acordo com sua qualificação.
Serão equitados por seus proprietários ou treinadores.Toda equipe técnica deverá estar presente.
Será apresentada uma breve descrição do animal e seu grau de qualificação. Poderão haver sub grupos se a disponibilidade de cavalos for suficiente . A escolha dos animais se iniciará pelo grau IV seguido pelo grau III e assim sucessivamente.Cada cavaleiro poderá testar até três cavalos para optar pelo que mais se enquadrar.

Condições para competições oficiais
Nenhum cavaleiro deve ter cavalgado o cavalo com o qual se apresentará por, pelo menos, seis meses antes da competição.Não deve ter cavalgado o animal por mais de quatro horas em ocasião anterior (treinamento) nos dias que antecedem a competição.
O cavalo qualificado poderá competir em nível superior à sua qualificação mas não em nível inferior.Apenas o cavaleiro inicial poderá competir com o cavalo partilhado em caso de competição por time.

Competição em Estilo Livre (Kür)
A apresentação em estilo livre é uma apresentação artística. É livre em sua forma e maneira de apresentar e dentro de um tempo determinado pelo cavaleiro.A prova de mostrar claramente a unidade cavalo-cavaleiro dentro da harmonia de musica, movimentos e transições.O alto no inicio e no fim da prova é compulsório. O tempo será contado a partir do momento em que o cavaleiro iniciar seu primeiro deslocamento para frente e termina com o alto final.
Ambos os altos devem acontecer na linha do meio de frente para o juiz em "C".

Cavaleiros de grau I não devem galopar nem mostrar piaffe ou passage.

Cavaleiros de grau II não devem mostrar piaffe ou passage e usar apenas iniciação de galope.

Cavaleiros de grau III não devem piaffar, mostrar passage, mudanças seqüenciais ou pirueta e meia pirueta ao galope .

Cavaleiros de grau IV seguem a mesma orientação do grau III mas podem mostrar 3 ou 4 mudanças seqüenciais.

Um cavaleiro desobedecendo as normas mostrando passos não permitidos será eliminado.

A música não deve começar mais de 20 segundos antes do cavaleiro entrar na pista e deve terminar no alto final.

Nas tabelas de testes estão anotados os movimentos compulsórios que devem estar incluídos nas reprises .

O juiz que não reconhecer os movimentos dará nota 0.Se a apresentação for em dupla a entrada e a saída será juntos mas as seqüências deverão ser separadas. A entrada em "A" deverá ser alargada.


Competições
A competição local ou prova teste ( de responsabilidade das federações estaduais ) é feita em três níveis básicos de iniciação ao adestramento.
Nos níveis I e II pode haver a participação de condutor. O nível III deve ser executado com independência. Em todos os níveis é admissível um acompanhante lateral.A opção por condutor ou acompanhante lateral será feita pelo cavaleiro, a equipe ou o treinador. Poderá haver a opção pelos auxiliares disponibilizados pela equipe técnica do comitê ou pelos auxiliares da própria equipe.

Condutor
O condutor deve se posicionar ao lado do cavalo sempre pelo lado de dentro da pista.A condução será de efeito moral e visando interferência apenas em caso de emergência. Deve ser feita por guia presa em anel mediano e mosquetão de giro deixando folga entre a extremidade presa ao cavalo e a mão do condutor.
Existem duas maneiras viáveis para a mudança de lado do condutor, que deve ocorrer cada vez que o cavalo inverter a mão de direção.
A primeira, com o condutor olhando para frente, no ritmo do cavalo, passa pela frente deste passando a guia de uma mão para outra pelas costas; a outra, também no ritmo do passo do cavalo, o condutor executa um giro ficando de frente ao chanfro do cavalo e completando o giro para o outro lado passando a guia pela frente do corpo.
Acompanhante lateral
O cavaleiro pode optar por ter um acompanhante lateral para se sentir seguro em caso de emergência.A função do acompanhante será de apoio moral e psicológico e não deve interferir com a performance do cavalo ou cavaleiro seja de maneira direta ou indireta.
Competições nacionais ( de responsabilidade das confederações - para serem validadas devem ser comunicadas à I.P.E.C. com seis meses de antecedência )
São feitas em quatro níveis, mais estilo livre, e devem obedecer critérios específicos da I.P.E.C. quanto à instalação da competição, instalação física, comunicação, inscrição, desenrolar e julgamento.
Ao contrário das competições locais não será permitido o condutor nem o acompanhante lateral. Em competições de mais de um dia haverá a presença de um locutor de prova.
Locutor de prova: fará a leitura da reprise, podendo ser ao todo ou por partes. A leitura será feita apenas uma vez e poderá ser repetida ( também uma única vez ) em partes seguindo a preferência do cavaleiro. O cavaleiro poderá dispensar a locução se entender que esta prejudica sua concentração. O locutor deve ter intimidade com a linguagem de sinais para a locução direcionada ao deficiente auditivo. O locutor não poderá incluir nenhum comentário ou opinião pessoal, atendo-se apenas ao texto. A equipe ou o cavaleiro poderá optar por utilizar o locutor do evento ou o da própria equipe. O posicionamento do locutor se dará pelo lado externo da pista , fixo em " E " ou " B " não podendo alterar sua posição .

Reprises
Apenas as reprises aprovadas pela I.P.E.C. devem ser utilizadas em competições oficiais. Estas reprises foram selecionadas, graduadas de acordo com as dificuldades e possibilidades dos perfis de classificação, sendo direcionadas para competições locais, nacionais, amistosas, regionais, mundiais e paraolímpicas. São revisadas periodicamente pelo I.P.E.C.


Graduação

I - apenas passo, ou passo e trote em percurso curto

II - passo e trote

III - passo, trote e galope

IV - passo, trote e galope incluindo movimentos em duas pistas

Todos movimentos ao trote podem ser executados sentado ou elevado conforme a facilidade do cavaleiro. Pode ser alternando o trote sentado e o trote elevado, principalmente no estilo livre, para dar maior plasticidade à repise. Sentado ou elevado , o percurso que for iniciado deve ser terminado do mesmo modo, e definido. As reprises não são cronometradas.
Os tempos anotados nas planilhas são apenas para orientação. As provas em estilo livre são cronometradas. Os capacetes não devem ser retirados para a saudação. Ambas as mãos devem ser utilizadas (exceção apenas com solicitação por escrito e justificada) .


Regras de exceção
É possível que o cavaleiro, mesmo apto a completar uma reprise, necessita de regras especiais. A autorização destas exceções deve ser solicitada pelo fisioterapeuta da equipe ao comitê técnico da I.P.E.C., por escrito, justificando a necessidade e a autorização será dada, também por escrito, e fará parte integrante da ficha oficial de inscrição.

Exemplo: portador de hemiplegia espástica com disponibilidade de uso funcional de apenas uma mão: a saudação poderá ser feita utilizando apenas a cabeça e a condução do cavalo durante a reprise poderá ser feita utilizando as rédeas em apenas uma mão.
Regras de exceção não devem ser utilizadas para inserir cavaleiros não habilitados em competições. Todas dúvidas sobre a possibilidade de exceções devem ser levadas ao fisioterapeuta da comissão técnica do I.P.E.C.
Julgamento de condução de assistência
A condução de assistência entra no julgamento da reprise. Não deve haver interferência do condutor seja verbal ou pela guia, e é proibido o contato do copo do condutor com o corpo do cavalo. É proibido assistência ao cavalo ou ao cavaleiro a não ser em caso de emergência.
O júri descontará ponto de acordo com a intensidade da interferência na pontuação da figura que estiver sendo julgada. Em caso de insistência ( não serão toleradas mais de quatro ) haverá a desclassificação do cavaleiro.Julgamento de acompanhamento lateral .
A interferência do acompanhamento lateral só é permitida em caso de emergência e implica na eliminação do cavaleiro. Do mesmo modo que na condução de assistência haverá desconto por interferência.

Juízes
Júri de pista
Serão três juizes de pista. Juiz principal em "C" , 1º juiz auxiliar na lateral direita e 2º juiz auxiliar na lateral esquerda. A nota final será a média dos três juizes.Pelo menos três meses antes do evento a I.P.E.C. designará um presidente de júri que completará o quadro de juizes até um mês antes do evento consultando o quadro de juizes habilitados, e decidirá suas posições em relação à pista. Nenhum dos juizes deverá ter treinado algum cavaleiro participante até seis meses antes do evento.
Os juizes se reunirão um dia antes do evento para os ajustes finais.
Cada movimento é julgado independentemente, pontuado e comentado. Para tanto cada juiz deverá dispor de um secretário (em competições locais o próprio juiz fará as anotações e entregará para o secretário geral que calculará a média em planilha separada)

Juiz de padock
Pode ser indicado um ou dois juizes, dependendo do número de cavaleiros e tamanho do padock. Sua função será de fazer cumprir o regulamento no que tange o aquecimento e preparação dos cavalos .

Júri de apelação
O júri de apelação é composto de um presidente e de dois a quatro membros. O presidente é indicado pela I.P.E.C. e os outros membros escolhidos por este. Os membros do júri de apelação não devem estar na composição de nenhuma equipe.
Todas dúvidas quanto à execução de regras, equipamentos, julgamentos, premiações deverão ser encaminhas , por escrito, ao júri de apelação e serão respondidas , também por escrito, e afixadas em local visível.


Pontuação
Cada erro de percurso, soando ou não o sino, será penalizado assim:
1º erro - 2 pontos
2º erro - 4 pontos
3º erro - 8 pontos
4º erro - eliminado
Os critérios de julgamento seguem os mesmos da F.E.I. salvo observações especiais apontados no presente regulamento .

Normas de Pontuação de Ranking
Em campeonatos oficiais, compostos de tres dias de provas, a prova de primeiro dia é uma prova de aquecimento e não premiada. Passa a ter validade em caso de empate de colocação na somatória das outras provas como fator desempatante, utilizando-se, sempre, o critério de colocação.A pontuação é feita como se segue:
1º lugar 10 pontos
2º lugar 8 pontos
3º lugar 7 pontos
4º lugar 6 pontos
5º lugar 5 pontos
6º lugar 4 pontos
7º lugar 3 pontos
8º lugar 2 pontos
9º lugar 1 ponto
Colocações a partir da 10º lugar não pontuam.
Em campeonatos nacionais é aclamado como Campeão Brasileiro apenas o primeiro colocado na somatória de colocações. Não existe o vice campeonato.

As regras constam para download nos sites :



CBH :www.cbh-hipismo.com.br

Para download das resprises de todos os graus e o regulamento envie email para equitacaoespecial@gamil.com e solicite o link .

(A Equitação Especial)