12 de abril de 2012

Os Princípios que Regem a Equitação


Os seguintes princípios deveriam ser aprendidos de memória por todos que pretendem “montar” um cavalo. Leia em "Mais Informações"...


1. APROVEITAMENTO DA MEMÓRIA DO CAVALO
A excelente memória do cavalo é a ferramenta fundamental que se deve empregar para a realização de todo trabalho de adestramento; daí que os exercícios devem repetir–se com ajustada freqüência para que possam ser gravados em seu cérebro.

2. PROGRESSÃO DOS EXERCÍCIOS
Primeiro se deve procurar o fortalecimento dos músculos, tendões e articulações, executando a princípio trabalhos fáceis, que não demandem grandes esforços ao cavalo; logo se aumentará progressivamente a tarefa, à medida que possa assimilá-la sem dificuldade ou inconvenientes físicos. Recordar que o cavalo não é uma máquina.

3. PROGRESSÃO DO TRABALHO, DO FÁCIL PARA O DIFÍCIL
É indispensável trabalhar metodicamente, respeitando este princípio fundamental de ensino, porém devem aceitar-se determinadas exceções; às vezes seria conveniente executar exercícios posteriores que venham acarretar em benefícios aos anteriores, como se o arrastassem. Por exemplo, o trote mediano pode melhorar e aperfeiçoar o trote de trabalho.

4. PRIMEIRO SOLTURA, DEPOIS REUNIÃO

Ao princípio os cavalos devem mover-se com soltura e naturalidade, em correto equilíbrio, com rédeas largas, evitando toda rigidez de seu corpo. Consolida a soltura, logo recém virão os exercícios de reunião.

5. A TODO EXERCÍCIO DE REUNIÃO DEVEM SEGUIR EXERCÍCIOS DE ANDADURAS ALONGADAS
Servem a maneira de natural compensação, uma vez que fortalecem a impulsão. Um prolongado trabalho de reunião só provoca cansaço e sua natural conseqüência: vícios e defesa.

6. CAVALO CALMO, DIREITO E IMPULSIONADO
Elementar e importantíssimo princípio. Os membros posteriores devem seguir exatamente as anteriores, efetuando a impulsão adequada. Nas passagens de ângulo, giros e voltas, o grau de flexionamento do corpo do cavalo deve ajustar-se ao exercício realizado.

7. TRABALHO EM FORMA VARIADA

Devem evitar movimentos a cavalo, que vão em detrimento a impulsão. Não efetuar a repetição exagerada dos exercícios. A mudança oportuna de lugar onde se pratica os exercícios é conveniente e útil.

8. CONHECIMENTO PRÉVIO DA TEORIA
O jinete deve conhecer perfeitamente na forma teórica os exercícios que executará com seu cavalo em cada sessão de trabalho. Se improvisa pode chegar a introduzir defeitos que logo seria difícil corrigir e que geralmente desorientam o cavalo. Os livros, regulamentos, etc. quase sempre dão progressões lógicas dos exercícios.

9. REVISÃO PRÉVIA DO EQUIPAMENTO DE MONTAR
A colocação correta de cada elemento do equipamento de montar deve ser preocupação constante de jinete, especialmente a embocadura. Uma rápida e rotineira revista prévia será de grande benefício. Muitos defeitos (língua sobre a barra) e lastimaduras dos lábios têm sua origem numa imperfeita colocação da cabeçada; silhas frouxas ou muito apertadas também acarretam inconvenientes.
 
10. FREQUÊNCIA MAIS QUE INTENSIDADE
O ensino sempre será mais proveitoso quando o trabalho se distribui em freqüentes e breves sessões. É preferível montar 20 minutos diariamente e não horas seguidas no fim de semana.
 
11. TRANQUILIDADE E PACIÊNCIA
São condições imprescindíveis para alcançar o êxito. A raiva e suas bruscas conseqüências só provocam inconvenientes e retrocessos no ensino.
 
12. RACIONAL APLICAÇÃO DOS CASTIGOS E RECOMPENSAS

Os castigos devem ser aplicados na medida adequada e proporcional à gravidade da falta e sempre com exata oportunidade, nunca fora do tempo. Em contrário a recompensa deve aplicar-se sem economia e em forma expressiva quando o cavalo manifesta alguns progressos e assimilação do ensinamento.
 
13. EVITAR O EMPREGO DA FORÇA
O emprego violento e irracional das ajudas só conduz a resultados momentâneos e às vezes contra producentes. A força deve ser. substituída pela compreensão das causas que a provocam e a correta aplicação das ajudas de acordo ao temperamento do cavalo.
 
14. MÃOS PASSIVAS, PERNAS ATIVAS
A flexibilidade do pescoço e colocação da nuca são necessárias para que as ajudas passem ao posterior, não devem conseguir-se por um rigoroso emprego das mãos, senão que devem ser conseqüência da força da impulsão que provocam as pernas e fazem avançar concretamente o posterior.
 
15. CENTRO DE GRAVIDADE
Uma correta posição do jinete a cavalo em todos os exercício e movimentos conduza uma adequada coincidência do centro de gravidade do conjunto (cavalocavaleiro), por conseqüência os exercícios poderão ser executados em perfeito equilíbrio.
 
16. IMPRESSÃO QUE O CAVALO SE MANEJA POR SI MESMO
Vale dizer com calma, harmonia e precisão. O jinete absolutamente dominador em sua postura, ordenando os movimentos de forma suave e apenas perceptível ao olho do mais severo observador.