Desde a inauguração do nosso blog tenho recebido diversas questões sobre a avaliação inicial do praticante e o cavalo ideal para esse momento . A avaliação inicial e seu método de execução variam de centro para centro , mas existe em todos e a grande maioria utiliza o cavalo como mais um instrumento de observação .
Acreditamos ser de extrema importância o contato com o cavalo durante a avaliação inicial de cada praticante desenvolvendo assim , desde o princípio, o foco da relação principal : o cavalo. Esse contado não significa a obrigatoriedade da montaria , pois sabemos que alguns praticantes se apresentam inicialmente resistentes a montar , tão pouco significa o contato tátil pois também sabemos que existem praticantes que levem determinado tempo para romper a barreira da distancia e tocar no cavalo .
O que tentamos esclarecer são quais características que o cavalo deve apresentar para ser útil e contribuinte na avaliação do praticante .
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Neste momento inicial , a fase de avaliação é de suma importância , tendo em vista que este é o ponto de partida para o planejamento de objetivos e todo o tratamento equoterápico .
O cavalo nesta fase também tem um papel de relevância , uma vez que o praticante será avaliado em contato com o animal , seja montado ou no chão . Para melhor contribuir com o desenvolvimento das avaliações a escolha do animal deve se basear em requisitos morfológicos e comportamentais específicos , sendo esses ;
1. Docilidade
Deve-se pretender facilitar a interação do praticante com o cavalo , objetivado sempre a viabilização do vínculo com o animal (de forma geral e não com um animal específico), contudo o cavalo que se mostrar mais disposto ao contato humano demonstrando docilidade , resposta afetiva , alimentação cadenciada e sutileza de movimentos deverá ser preferido entre os demais . Geralmente os cavalos com idade acima de 12 anos apresentam essas características .
2. Altura
No momento de primeiro contato , o cavalo a ser escolhido deve ser aquele que maior proporcionar segurança , tanto a transmitida quanto a funcional . Entende-se por segurança transmitida aquela que oferece ao praticante conforto e confiança para seu contato e funcional como a que permite maior facilidade nas intervenções dos mediadores/terapeutas (auxilio a posturas e retiradas de emergência, p.ex) .
Para tanto observa-se que o animal de estatura baixa (até 1,45m) são os mais indicados , o que na prática se traduz na escolha do cavalo de menor altura dentre os demais .
3. Morfologia de Dorso e Costado
Após a analise de comportamento e altura , o profissional a escolher o animal deverá observar sua conformação de dorso e largura do costado, preferindo aquele que apresentar melhor condições de assento do praticante .
As melhores condições de assento são proporcionadas pelo cavalo que apresenta um dorso retilíneo onde a cernelha e a garupa estejam na mesma altura e um costado de pouco volume, cuja circunferência de barriga e costelas não exijam grande abertura de pernas do praticante .
4. Aprumos Regulares
A forma com que o cavalo se movimenta ao passo interfere na postura de quem o monta e uma boa freqüência de passadas depende de aprumos regulares .
Visando sempre o conforto , a segurança do praticante e viabilizar o trabalho dos mediadores/terapeutas , o cavalo escolhido para essa etapa de avaliação deve contar com membros anteriores e posteriores alinhados e proporcionais que gerem um passo proporcional entre os lados .
5. Facilidade de Condução
Por muitas vezes há de se conduzir o cavalo para podermos observar a reação do praticante em movimento sobre o dorso do animal . Para a melhor avaliação possível é necessário que o cavalo não esboce qualquer reação alheia a condução , devendo portanto o cavalo estar acostumado ao trabalho e ter íntima relação com o condutor .
O cavalo dever ser selecionado dentre os mais antigos do centro , e por isso , o mais acostumado ao trabalho terapêutico .
Espero ter esclarecido as principais questões sobre o assunto . Qualquer dúvida ou contribuição entre em contato com equitacaoespecial@gmail.com
Eduardo Colamarino