Nossa meta é divulgar o Método Equoterapia e a Equitação Especial como instrumentos de desenvolvimento biopsicosocial, inclusão e de reabilitação bem como do aprimoramento equestre e prática da equitação acadêmica
Os cavalos que tem um bom galope, com ação e mobilidade, já demonstram quando jovens, a facilidade para a mudança de pé. Naturalmente eles aprenderão com mais rapidez este exercício, ao contrario de outros cavalos que tem pouca qualidade nesta andadura e poderão ter problemas e vícios ao executar esse movimento.A execução correta;A mudança de pé correta, executada no Adestramento Clássico, é feita no galope reunido. Ela tem estreita ligação com o tempo de suspensão que se segue a cada lance de galope, portanto quanto "menos tempo de suspensão" o cavalo apresentar no galope, com menos qualidade ele fará a mudança de pé. As mudanças de pé podem ser executadas isoladas ou em séries . quer dizer 4,3 e 2 tempos e ao tempo (a cada galão). Somente nas provas de "Adestramento de nível Médio" é que são solicitadas as "mudanças de pé" isoladas, e conforme as exigências vão evoluindo, como na série Forte onde as mudanças são pedidas a 4, 3, e 2 tempos. As "mudanças de pé" ao tempo ( a cada galão) fazem parte da série Especial. Nas mudanças isoladas ou nas séries, o cavalo deve se conservar "leve, calmo, reto e com impulsão constante". A "cadência e o equilíbrio" não se modificam ao longo de todo movimento. O grau de reunião nas "séries" poderá ser um pouco menor que o normalmente pedido, a fim de evitar um encurtamento dos lances e uma perda da leveza e fluência.As ajudas ; A ajuda, o comando para executar a mudança, é solicitada no momento em que os "três membros estão no chão" e o "anterior interno inicia o movimento da passada do galope" (no terceiro tempo). O cavalo muda neste momento a batida dos seus posteriores e anteriores. A mudança é calma mas ao mesmo tempo enérgica, ganhando amplitude e mantendo a retidão do cavalo. A garupa e as espáduas não se deslocam de um lado para outro. A mudança não é rasa, curta, sem energia, interrompendo assim a cadência e a fluência do galope. Quando o cavalo tensiona a garupa (garupa alta) e faz a mudança mais para cima do que para frente, é sinal de que falta mais descontração e impulsão. Um momento antes de pedir a mudança de pé, o cavaleiro executa uma meia-parada (chamada de atenção), dá uma ligeira indicação, uma leve encurvatura com a rédea interna para o lado em que vai mudar o galope, mantendo porém a retidão. Esta leve encurvatura não deve ser confundida com rédeas tensas ou curtas. Tomamos por exemplo a mudança de pé da "direta para a esquerda" O cavaleiro prepara a mudança ativando o pé interno do cavalo (o pé direito). No momento exato descrito acima, ele pede a "mudança de pé" para a esquerda com a sua perna direita que se desloca mais atrás da barrigueira ( a ação de perna e assento se dá ao mesmo tempo). A perna interna do cavaleiro, durante o momento da mudança, mantém um leve contato e sustentação para que o cavalo não desequilibre para a esquerda. A rédea externa ( agora a direita), mantém contato para que as espáduas não desequilibrem. No momento em que o cavalo executa a "mudança de pé", a mão interna, que deu uma leve indicação, fica mais suave para que ele possa fazer a mudança com as espáduas livres e descontraídas. As pernas e a bacia é que dão o comando para as mudanças. A bacia interna empurra e avança para a mão da mudança e as mãos leves deixam o cavalo executar o movimento com liberdade. A ação das pernas e assento se dão ao mesmo tempo, mas sem interferir no posicionamento correto da parte superior do corpo. Defeitos ; Se o cavalo muda os seus anteriores mas não os posteriores (galope cruzado), ou atrasa o posterior interno, é resultado da falta de impulsão e força dos posteriores, ou também de indefinição das ajudas. Os cavalos que jogam muito a garupa devem fazer as mudanças ao longo da parede do picadeiro, evitando assim que ele se entorte. Do galope falso para o galope justo). Se o cavalo tende à aumentar demais o galope antes da mudança, a transição galope, passo, galope, ajuda na correção para que ele continue no galope calmo e ritmado. "Tensão, ansiedade, ajudas bruscas e medo devem ser evitados". Muitas vezes o próprio cavaleiro tende à ficar tenso na sua musculatura, dando ajudas muito fortes e indefinidas - é de vital importância a posição correta e definição clara. Se o cavaleiro se desloca da sela jogando o seu peso sobre os anteriores do cavalo, ou se não está bem centrado, irá atrapalhá-lo muito neste exercício. As mãos não podem ser brutas (pois é onde o cavalo apoia a sua boca), nem altas demais ou afastadas demais. O cavaleiro que não tiver experiência, uma posição correta e não souber em que momento o cavalo está usando os seus membros como noção de ritmo, não terá condições de fazer uma mudança de pé corretamente. É incorreto e ineficiente um cavaleiro jogar, deslocar o seu corpo para um lado e para o outro, saindo da sela ou "quebrando" a cintura. Pernas soltas e sem controle não poderão ser eficientes. Alguns métodos de treino ; O cavaleiro pode iniciar a mudança de pé, quando o cavalo já domina bem o "galope reunido", com equilibrio, cadência, engajamento e atendendo bem às partidas, às transições, ao contragalope e aos altos. Com algumas exceções e com muito cuidado, a "mudança de pé" isolada pode ser feita com cavalos ainda no nível principiante, mas somente para os cavalos que tenham mais facilidade e talento para as mesmas ou quando as executam sem nenhuma resistência. É aconselhável pedir a "mudança de pé" primeiro da "direita para a esquerda". Também é lógico pedir a mudança do lado ruim para o lado melhor (se o cavalo apresentar diferenças entre os lados). Um bom método é treinar a mudança sempre no mesmo ponto do picadeiro, para que o cavalo assimile - porém se ele começa à se adiantar às ajudas, e quer mudar antes, então seria melhor variar de lugar. Não se pede muitas mudanças de uma vez para um cavalo ainda não confirmado. O ideal seria fazer esta figura de picadeiro quase no final do trabalho, quando o cavalo já está bem flexível e descontraído (mas cuidando para não pedir a mudança quando ele já está muito cansado e sem forças nas costas). Logo em seguida à mudança (mesmo que ela não tenha sido perfeitamente correta) voltar para a andadura do passo ou trote, agradando o animal, principalmente se ele for um cavalo nervoso. Ele deve aprender as mudanças de pé, sem traumas e sem o uso excessivo de esporas ou chicote. Como preparação, pode- se também fazer uma meia volta no galope justo, e retornando à parede do picadeiro pedir a "mudança de pé". Se o contragalope do cavalo for bom, muda-se do galope falso para o galope justo (sem que a garupa se desloque demais antes da mudança ). Os métodos são naturalmente variáveis, e cada cavalo reage diferentemente, por isso é importante experimentar vários exercícios, até achar qual é a melhor preparação. Cuidar para que o cavalo faça a mudança o quanto antes em "linha reta e para frente". Defeitos e correções; O erro mais comum é o cavalo atrasar o posterior interno na mudança, (um ou dois galões), ocasionado pela falta de reunião, impulsão ou fraqueza de posterior. Outros defeitos são: Perder a impulsão, galopar muito curto e tenso, manter a garupa contraída e alta, e se deslocar lateralmente. Pesar demais sobre a mão do cavaleiro (encapotar), deslocando seu equilíbrio sobre os anteriores, perdendo assim a reunião dos posteriores e a auto sustentação. As rédeas auxiliares (rédea alemã, etc.), são usadas com muito cuidado quando se pratica a mudança de pé. Somente quando o cavalo realmente não mantém o pescoço em posição correta e eleva demais a nuca é que se pode fazer uso dela, porém com muita parcimônia e leveza. A rédea alemã, por exemplo, não tem a função de fazer abaixar o pescoço e a nuca, mas somente impedir que o cavalo levante demais a cabeça à partir de um certo ponto. Se o uso da rédea for em um contato constante, o cavalo pode reagir embutindo o seu pescoço, colocando o nariz atrás da vertical, fugindo assim da mão do cavaleiro. Por isso é muito importante que o cavalo consiga fazer um "galope reunido redondo, ativo, sem tensão de dorso e garupa", pois no momento em que surgirem estas reações a mudança de pé não estará sendo feita corretamente.
“Eu vi uma criança que não podia andar. Sobre um cavalo, cavalgava por prados floridos que não conhecia. Eu vi uma criança sem força em seus braços. Sobre um cavalo, o conduzia por lugares nunca imaginados. Eu vi uma criança que não podia enxergar. Sobre um cavalo, galopava rindo do meu espanto , com o vento em seu rosto. Eu vi uma criança renascer , tomar em suas mãos as rédeas da vida e, sem poder falar, com seu sorriso dizer: Obrigado Deus , por me mostrar o caminho.”
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