3 de novembro de 2009

A Relevância do Trabalho nos Círculos


"não existe outro processo para obter e desenvolver a flexibilidade lateral da linha de cima que comanda a sua flexibilidade no sentido vertical (longitudinal) a não ser o trabalho de encurvação sobre o círculo"
General Décarpentry
O princípio é fazer coincidir a projecção vertical da coluna vertebral com a linha a percorrer, trazendo as espáduas e empurrando a garupa para o interior do círculo, o Cavalo mantendo-se sempre flectido, de modo que a sua coluna vertebral constitua um arco, uma parte do círculo, mais ou menos encurvado conforme o tamanho desse mesmo círculo. A razão porque o círculo é um dos primeiros trabalho em escola, é porque traduz o cavalo nas flexões laterais, portanto é muito importante que o cavaleiro realmente tente encurvar ou flexionar o cavalo em torno da perna de dentro.O cavalo não pode acompanhar o rastro do círculo se ele não se flexiona. É fundamental que esse círculo seja realizado no centro do picadeiro tendo como tangentes as letras B e E. Muitos cavalos tentarão saltar ou pular a cerca do picadeiro quando eles alcançarem as letras tangentes B e E, contudo o professor tem que estar certo que o cavalo permaneça flexionado e apenas toque ou tangencie B e E. Quando o cavalo aprendeu a ficar flexionado dentro do círculo, o cavaleiro pode tentar trabalhar nos círculos próximos às letras A e C. A dificuldade é que, nos cantos o cavalo tende a ir para dentro, saindo da curva. Quando isto acontece o propósito do trabalho está perdido, porque o cavalo endireitou-se. Na reprise de adestramento significa uma baixa pontuação. Após uma certa prática trabalhando, não será muito difícil realizar um círculo de 20m de diâmetro. Quando o diâmetro é reduzido, a dificuldade aumentará porque o cavalo tem que se encurvar mais. Portanto, se em uma reprise de adestramento se pede um círculo de menor diâmetro e o cavaleiro executa com um diâmetro maior, sua pontuação será mais baixa porque o cavaleiro está evitando a dificuldade solicitada na reprise. A forma de ensinar ao cavalo o trabalho de círculos, é verificar se ele aprendeu a ceder pela pressão da rédea de fora junto com o pescoço, exigindo então que ele leve suas espáduas no caminho do círculo. Uma vibração com a rédea de dentro para baixo, então o cavaleiro verá o olho do cavalo causando uma flexão da cabeça, convidando o cavalo a olhar na direção na qual ele estará marchando. Avançando o joelho de dentro para baixo, causará mais pressão por parte do seu assento, e uma barriga da perna fechada juntamente atrás da cilha proporcionará uma criação maior da impulsão. É também uma grande ajuda se o cavaleiro torce suavemente sua coluna vertebral. Com essa indicação as espáduas e os quadris estarão na direção que se quer que o cavalo vá. Inicialmente a perna de fora tem um papel passivo, ela previne que as ancas saiam para fora; mas quando o diâmetro é reduzido para 15, 10, 8 e, finalmente, 6 metros, a perna de fora voltará a ser mais ativa, com o aumento da flexão.É essencial que a rédea de fora não puxe o cavalo para fora do arco de círculo, se aquela rédea é muito tensionada então o cavalo não poderá se encurvar. É também bastante importante que o cavaleiro não puxe com a rédea de dentro, isto poderá fazer com que o cavalo desloque as suas espáduas para fora. Quando se trabalha nos círculos, o cavaleiro nunca deve esquecer que o propósito é flexionar o cavalo lateralmente com a finalidade de mantê-lo descontraído, relaxado.