"Muitas coisas boas se podem obter com trabalho à guia bem feito mas, também, muitas coisas más podem ficar, por vezes para toda a vida de um cavalo que foi desordenadamente trabalhado à guia” Mestre Nuno Oliveira
O trabalho de guia , ajuda o cavalo a se posicionar e soltar suamusculatura sem o peso do cavaleiro no dorso, ao mesmo tempo que o faz tomar confiança com a embocadura. Desenvolve a musculatura , a flexibilidade e a implusão , bem como para fazê-lo flexionar o corpo para andar em curva.Neste trabalho, além da guia o chicote e a voz do Equitador são ajudas fundamentais.O chicote substitui as pernas do cavaleiro quando montado dando a impulsão, que deverá estar sempre em boa relação com a tensão elástica da guia. A voz é muito importante para tranqüilizar. Este trabalho deve executar-se com freqüentes e calmas transições ao passo, para depois partir em andamento mais ativo. O trabalho à guia deverá ser feito essencialmente a trote.Na primeira fase o Equitador que segura a guia está parado, fazendo pivot na perna para o lado onde o cavalo circula, sendo auxiliado por um ajudante que agarra o chicote com a mão contrária ao lado do movimento, evita assim que o cavalo queira voltar para trás.O cavalo deve executar sempre círculos e figuras com correção. Os cavalos devem ser passados à guia sempre de cabeção, com argola no chanfro.Este trabalho feito com rédeas fixas, nunca muito apertadas, e feito em andamentos bem cadenciados é fundamental para uma bom desenvolvimento muscular, indo o cavalo transferindo o peso para o post-mão progressivamente arrumando os posteriores debaixo da massa sem a sobrecarga do peso do cavaleiro. A duração e quantidade de sessões de trabalho com rédeas fixas dependem muito de cavalo para cavalo.( As rédeas auxiliaresdevem ter o efeito de impedir que o cavalo levante demais opescoço e cabeça - que ele arredonde a nuca porém sem embutir o pescoço).
O material consiste em :
A guia ; constitui-se de uma tira de nylon ou de lona de comprimento variável entre 6 e 10 metros.Deve possuir em uma das extremidades uma alça e na outra extremidade um dispositivo que permitaprendê-la ao cavalo (mosquetão, preferencialmente).O cabeção , que nada mais é do que uma cabeçada sem embocadura, em cuja focinheira existe um ferro grosso e articulado envolvido por um couro fino e liso.O formato desse ferro deve adequar-se ao formato do chanfro do cavalo, sendo que é conveniente a existência de um pedaço de couro que prenda na parte inferior da calha do cavalo para que ele não fique frouxo e então por isso machuque o animal.A cabeçada com bridão ; uma cabeçada normal provida com um bridão grosso.A guia pode ser presa à cabeçada de 3 maneiras:
1) Em uma das argolas do bridão (a do lado correspondente à mão em que estivermos trabalhando).
2) Em uma tira de couro que passa atrás do mento do animal e une as argolas do bridão.
3) Passando a guia por uma argola (a do lado correspondente à mão em que estivermos trabalhando)do bridão, passando ainda a guia por cima da nuca do cavalo de tal maneira a prendê-la na outra argola dobridão.
(Equitação Especial)