18 de agosto de 2009

Mestres no Brasil

Eduardo Borba : “ O cavalo não tem nada para se defender, a não ser as patas para fugir. Ele só brigará se não puder escapar. Dessa forma, é o ser humano que precisa se transformar, procurando uma maneira de se apresentar que seja compreendida pelo cavalo. Compreender isso, além de nos transformar em melhores cavaleiros, nos tornará melhores pessoas”


Eduardo Borba, titular do Projeto Doma, é o precursor do Horsemanship de baixo estresse no Brasil. Seu trabalho está entre os melhores do país, segundo especialistas dos Estados Unidos presentes ao I Congresso Internacional Equus, em Araçoiaba da Serra/SP.No dia-a-dia do esporte, da fazenda ou do lazer, o cavalo é chamado a executar as mais diferentes tarefas: umas mais simples, outras mais difíceis. A maioria delas exige do animal movimentos precisos, corretos, organizados, que testam sua agilidade, força e concentração. “ Acredito que não haja cavaleiro que não queira que o seu cavalo consiga desempenhar todos os movimentos e manobras solicitadas de maneira suave e tranqüila, sem oferecer resistência, compreendendo e ajudando o cavaleiro a executá-las”, explica Eduardo Borba, do Projeto Doma, um dos mais respeitados especialistas do mundo em horsemanship de baixo estresse, atividade que envolve grande sensibilidade e timing apurado, para que haja relacionamento equilibrado entre o homem e o cavalo.
Há dois tipos fundamentais de horsemanship: o preventivo (como a vitamina C) e aquele em que se corre atrás do prejuízo (como o antibiótico). Estudamos e praticamos o primeiro, que chamamos de preventivo ou de baixo estresse. Suas premissas fundamentais são a segurança do cavaleiro e a do cavalo. Não há a menor possibilidade de um cavaleiro desenvolver essa linha de pensamento se não estudar com profundidade como os animais operam suas vidas. É o conhecimento e a prática (tentativa e erro) que possibilita esse tipo de horsemanship. Quanto mais conhecemos a natureza dos cavalos mais fácil fica a interferência no seu comportamento a nosso favor”, explica Eduardo Borba.O mais importante e fundamental nessa atividade, ressalta o titular do Projeto Doma, é que o trabalho mais árduo ou mais difícil é aquele feito com o cavaleiro. “Aprender a nos ajustar a cada nova situação que o cavalo nos apresenta, aprender a perceber com antecedência o que o animal fará. Só assim estaremos no timing e, então, poderemos encorajá-lo ou desencorajá-lo antes que aquilo que ele ria fazer se concretize. O fato é que o cavalo está o tempo todo falando conosco. Os problemas acontecem porque não somos capazes de traduzi-lo. Portanto, é a maneira como nos ‘apresentamos’ ao cavalo que gerará resistência ou boa resposta”.Para isso, Borba defende que o ser humano deixe o orgulho de lado e compreenda que o cavalo nunca faz nada de errado e sempre que ele não responde o que estamos querendo é porque ou ele não entendeu, ou está confuso, ou não foi ensinado. “Aumentar a pressão sob um cavalo confuso é o mesmo que riscar um fósforo em um galão de gasolina. Daí, a importância de se perceber o significado do instinto de autopreservação, que no cavalo é muito forte, alerta Eduardo Borba.“ O cavalo não tem nada para se defender, a não ser as patas para fugir. Ele só brigará se não puder escapar. Dessa forma, é o ser humano que precisa se transformar, procurando uma maneira de se apresentar que seja compreendida pelo cavalo. Compreender isso, além de nos transformar em melhores cavaleiros, nos tornará melhores pessoas”, ressalta o especialista.“ Não há sensação que supere a perfeita integração homem-cavalo, quando o nível de intimidade e conhecimento entre cavalo e cavaleiro seja tal que não seja preciso falar ou cobrar tarefas. Na verdade, funciona como dois grandes dançarinos: os movimentos e as manobras fluem”, explica o titular do Projeto Doma, que durante a sua apresentação no I Congresso Internacional Equus foi saudado pelos especialistas norte-americanos presentes.· Informações adicionais sobre o Projeto Doma pelo site
http://www.doma.com.br/


Bjarke Rink : "Com a equitação, a espécie humana se tornou a primeira a romper a barreira do seu próprio tempo biológico"


Bjark é diretor do complexo equestre Desempenho e do Instituto Homo - Caballus , onde exerce suas atividades . Sua obra contribui para uma nova visão sobre a real interação entre homem e cavalo . Localizada nos contrafortes da Serra do Mar, a 90 km do Rio, na estrada para Friburgo, a Desempenho fica situada numa grande fazenda na região que abriga a maior reserva de Mata Atlântica do Estado do Rio — Cachoeiras de Macacu. O município é conhecido por suas matas, trilhas, nascentes, rios, cachoeiras, montanhas e paisagens exuberantes.
A Desempenho forma um complexo eqüestre de criação e treinamento de cavalos, abriga uma escola de equitação, um instituto de estudos eqüestres e ambientais, um núcleo de atividades agrícolas e está formando a primeira ecovila eqüestre do mundo. O
Instituto Homo-Caballus é o braço científico da Desempenho. A entidade está dedicada aos estudos avançados da equitação e ao desdobramento biológico, antropológico e histórico da simbiose homem-cavalo.
É um centro gestor de cultura eqüestre e ambiental com ligações, parcerias e acordos realizados com universidades, instituições governamentais e ONGs de todo o mundo.
Livros :-DESVENDANDO O ENIGMA DO CENTAURO: Sessenta séculos de aventuras da mais extraordinária parceria já acontecida no planeta – a simbiose de Homo sapiens com Equus caballus – comentada sob a luz da ciência moderna.Livro em três partes, publicado em português pela Editora Equus Brasil (encomendas pelo email centauro@equusbrasil.com.br ou à venda online na www.livrariacultura.com.br E em inglês com o título "The Centaur Legacy" by Bjarke Rink à venda na www.amazon.com
Parte I - O CATALIZADOR DA HISTÓRIA: Uma visão científica e histórica de como surgiu a união neurofisiológica entre o homem e o cavalo que os antigos gregos chamavam de Centauro.
Parte II EM BUSCA DO CENTAURO: Com a domesticação do cavalo e a invenção da equitação, o homem quebrou a barreira da sua própria velocidade biológica e conquistou o mundo num ritmo estonteante.
Parte III ODISSÉIA NA CIÊNCIA: Como estabelecer a relaçäo psicológica, a interaçäo dos sistemas nervosos e a comunicação entre o cavaleiro e o cavalo para formar uma terceira unidade biológica autônoma chamada Centauro. Qual o futuro da equitação na sociedade moderna.
- SÉRIE: NOSSA HERANÇA EQUESTRE
Esta série de livros dará ao leitor uma ampla visão do que vem a ser o fenônemo da equitação e o seu impacto tanto na vida do indivíduo quando no destino de nações. Uma vez completada a série, esta fornecerá um acervo de informações equestres comparável ao de uma enciclopédia, porém contextuada como obra de ficção. As várias etapas da História da Equitação se seguem em ordem cronológica, de acordo com o seu desenvolvimento, com informações da geografia e da tecnologia da equitação e a sua disseminação pelo planeta. Ao mesmo tempo em que oferece uma oportunidade única de se entender a neurofisiologia e a biomecânica da equitação, a série Nossa Herança Equestre também ajudará ao leitor entender em profundidade o impacto dos cavalos e da equitação sobre o mundo em que vivemos hoje. Os seguintes livros da série estão previstos:
Livro I - A ASCENÇÃO DOS CENTAUROS: A aventura da evolução histórica da equitação, desde a sua origem na Pré-História até o ano de 612 aC (pronto para publicação em inglês)
Livro II - A TEMPESTADE DOS CENTAUROS SOBRE A CHINA: O "Estado sobre o dorso de um cavalo" desafia o Império Chinês de 200 aC a 90 dC (em revisão)
Livro III - ÁTILA - O DESASTRE PERFEITO: Os Hunos introduzem o feudalismo no Ocidente. De 90 a 453 dC (em criação).
Livro IV - O APOGEU DOS CENTAUROS: A ‘época de ouro’ de Genghis Khan e os seus successores. Do sec 11 ao sec 14 (em planejamento)
OUTRAS OBRAS DE BJARKE RINK:
WOUT, THANK YOU: A incrível história de Jorge Ferreira da Rocha - um homem apaixonado por cavalos que aos 48 anos decide aprender Adestramento Clássico e descobre que o ‘mundo do cavalo’ é bem mais complicado do que ele pensava. A história só tem um final feliz com a intervenção oportuna de Wout um cavalo que, generosamente, abre as portas do Adestramento para o seu cavaleiro. Como se pode ver pelo título, o livro é uma singela homenagem ao herói desta história... o generoso cavalo Wout.
OS CAVALOS DA VILA QUIXOTE: Napoleão invade Portugal, a família real se refugia no Brasil. O Príncipe manda trazer para o seu novo reino o orgulho maior da Casa de Bragança... o cavalo Alter-Real. No Brasil, o Alter-Real se torna o pai da raça que mais tarde se tornaria a preferida do País — o Mangalarga Marchador. 188 anos depois, um criador de cavalos Mangalarga Marchador resolve festejar o seu bem sucedido criatório com um livro contando o passado, avaliando o presente, e apostando no futuro do mais brasileiro dos cavalos.
NOSSO EDSON: Pequena biografia de Edson Bueno - um realizador brasileiro que nascido pobre, sonha o improvável: ser médico. E quando adulto realiza o impossível: uma das mais sólidas empresas de seguro saúde do Brasil e, certamente, a mais afinada com as necessidades dos seus milhares de segurados.
RESENHAS LITERÁRIAS
- As 12 Obras que Formaram o Pensamento Eqüestre Ocidental: Xenofonte, Grisone, Pluvinel, La Guérinière, Manoel Carlos de Andrade, Baucher, Steinbrecht, L’Hotte, Caprilli, Decarpentry, Podhajsky, Nuno de Oliveira.(Em planejamento)
GLOSSÁRIO INGLÊS-PORTUGUÊS DE TERMOS EQÜESTRESPrimeiro levantamento de Beatriz e Luara Blauth
TESES e MONOGRAFIAS
- Monografias de universitários nortemericanos sobre teses do "The Cenataur Legacy" - Prof. Judith Smith - Teikyo Post University - Connecticut - USA-Os Guardiões de Gaia - Prof. Martha Roessler - UFRGS
-Neurofisiologia da Equitação –
Maria Luiza Zanotto – UDESC-Comportamento da Freqüência Cardíaca de Cavaleiros Montando Diferentes Cavalos – Ana Carolina D. Kronemberger – UGF
ARTIGOS E COLUNAS
- The Centaur Legacy (Bjarke Rink)- Gustavo Braune- Cláudia Leschonski- André Cintra
PALESTRAS
Leia a
A Neurofisiologia da Marcha Batida.