27 de março de 2012

Aluísio Marins : A equoterapia brasileira

Começo dizendo que existem exceções sobre o que vou escrever, mas vejo a prática da equoterapia no Brasil não indo muito bem. Acredito que temos muito mais a mostrar e a realizar para os praticantes, pacientes ou qualquer cliente dos chamados Centros de Equoterapia. Leia o artigo em "Mais Inforamações"

O cenário convencional, comum, encontrado Brasil afora é o de centros mal preparados para este fim. Novamente falo: existem exceções, mas desde a estrutura o que vemos são psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e até os chamados equitadores não formados para serem profissionais do cavalo. Você pode pensar que obviamente um psicólogo não é formado para ser profissional do cavalo, mas, a partir do momento que é contratado para trabalhar em um centro de equoterapia este passa a ser, antes mesmo de um psicólogo, um profissional do cavalo.


Podemos entender melhor se tirarmos o cavalo dos centros de equoterapia. Acabam todos, obviamente. Mas, então, se estes profissionais não se consideram profissionais do cavalo de que adianta o cavalo então? Quantas oportunidades um cavalo oferece em uma sessão e que são praticamente despercebidas? Quantas idéias podem ser criadas se uma equipe toda aprender sobre manejo, equipamentos, trabalhos montados e de guia, horsemanship como um todo...? Vemos estas funções pertinentes ao equitador em um centro de equoterapia convencional. Sinto e vejo em viagens por todo o Brasil que existe um buraco negro, longínquo, entre a equipe de profissionais e o cavalo.

 Vejo cavalos e enxergo poltronas, divãs e cadeiras móveis. Vejo erros desde a vestimenta dos terapeutas, passando pela qualidade dos equipamentos, indo até o absurdo mor de se aceitar cavalos doados que estão mancos, claudicando, lesionados. Aceita quem quer, mas também quem não entende nada de cavalos... Sinto, vejo, percebo, observo e olho, ao vivo, que muitos centros de equoterapia são simplesmente locais sem condições de serem centros hípicos, que verdadeiramente deveriam ser. E penso ainda que com tudo isto os cavalos (sim, mais os cavalos do que alguns terapeutas...) melhoram muito a vida dos praticantes.

Aluísio Marins, MV

Universidade do Cavalo