25 de agosto de 2009

Equoterapia : programas de atendimento

É sabido que cada indivíduo, com deficiência e/ou com necessidades especiais, tem o seu "perfil", o que o torna único. Isto evidencia a necessidade de formular programas individualizados, que levem em consideração as demandas daquele indivíduo, naquela determinada fase de seu processo evolutivo.
A equoterapia é aplicada por intermédio de programas individualizados organizados de acordo com: as necessidades e potencialidades do praticante; a finalidade do programa; os objetivos a serem alcançados, com duas ênfases: A primeira, com intenções especificamente terapêuticas, utilizando técnicas que visem, principalmente, à reabilitação física e/ou mental;
A segunda, com fins educacionais e/ou sociais, com a aplicação de técnicas pedagógicas aliadas às terapêuticas, visando à integração ou reintegração sócio-familiar.O cavalo em Equoterapia , portanto , é utilizado de três maneiras: como instrumento cinesioterapêutico, como instrumento pedagógico e de inserção social.

Programas Básicos de Atendimento
Hipoterapia
Educação/Reeducação
Pré-Esportivo
Prática Esportiva Paraeqüestre


A Hipoterapia
Programa essencialmente da área de saúde, voltado para as pessoas com deficiência física e/ou mental; é chamado em várias partes do mundo de hipoterapia; a ANDE-BRASIL também adota tal nome para este programa da Equoterapia. Neste caso o praticante não tem condições físicas e/ou mentais para se manter sozinho a cavalo. Portanto, não pratica equitação. Necessita de um auxiliar-guia para conduzir o cavalo. Na maioria dos casos, também do auxiliar lateral para mantê-lo montado, dando-lhe segurança. A ênfase das ações é dos profissionais da área de saúde, precisando, portanto, de um terapeuta ou mediador, a pé ou montado, para a execução dos exercícios programados. O cavalo é usado principalmente como instrumento cinesioterapêutico.



Educação/Reeducação
Este programa pode ser aplicado tanto na área de saúde quanto na de educação/reeducação. Neste caso o praticante tem condições de exercer alguma atuação sobre o cavalo e pode até conduzi-lo, dependendo em menor grau do auxiliar-guia e do auxiliar lateral. A ação dos profissionais de equitação tem mais intensidade, embora os exercícios devam ser programados por toda a equipe, segundo os objetivos a serem alcançados. O cavalo continua propiciando benefícios pelo seu movimento tridimensional e multidirecional e o praticante passa a interagir com o animal e o meio com intensidade. Ainda não pratica equitação e/ou hipismo. O cavalo atua como instrumento pedagógico .


Pré - Esportivo
Também pode ser aplicado nas áreas de saúde ou educativa. O praticante tem boas condições para atuar e conduzir o cavalo e embora não pratique equitação, pode participar de pequenos exercícios específicos de hipismo, programados pela equipe. A ação do profissional de equitação é mais intensa, necessitando, contudo, da orientação dos profissionais das áreas de saúde e educação. O praticante exerce maior influência sobre o cavalo. O cavalo é utilizado principalmente como instrumento de inserção social.

Prática Esportiva Paraeqüestre
Este programa é aplicado nas áreas de saúde , educação e social , onde a atuação dos profissionais dessas áreas e equitação atuam em conjunto de forma complementar e destina-se aos :


- Praticantes de equoterapia advindos do terceiro programa denominado pré-esportivo;
- Praticantes de equoterapia advindos do segundo programa denominado educação e reeducação;
E ainda :

- Pessoas Portadoras de Necessidades especiais que tem como objetivo a prática esportiva como agente de desenvolvimento físico ;
- Pessoas Portadoras de Necessidades especiais que tem como objetivo a prática esportiva como agente de desenvolvimento psíquico ;
- Pessoas Portadoras de Necessidades especiais que tem como objetivo a prática esportiva como agente de desenvolvimento social e familiar ;

Este programa abre caminho para competições paraeqüestres tais como:


HIPÍSMO ADAPTADO modalidade de competição, dentro de um conceito festivo, adaptada ao praticante de equoterapia, normatizada, coordenada, em âmbito nacional pela Associação Nacional de Desportes para Deficientes e que já realiza competições desta modalidade.
PARAOLIMPÍADAS organizadas paralelamente às Olimpíadas e que se destinam às pessoas com deficiência física. Nela, os atletas competem em provas olímpicas em particular no "adestramento paraolímpico". É regulada pela Federação Eqüestre Internacional (FEI) e no Brasil pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), em parceria com o Comitê Paraolímpico Brasileiro.
OLIMPÍADAS ESPECIAIS, criada para pessoas com deficiência mental que buscam somente a participação e não a alta performance. Esta modalidade está sendo regulamentada pela SPECIAL OLYMPICS BRASIL.
VOLTEIO EQÜESTRE ADAPTADO, são exercícios realizados sobre o cavalo que se movimenta em círculos, conduzido por um cavaleiro por intermédio de uma "guia longa". Deverá ser regulamentado pela FEI, tornando-se, portanto, mais uma modalidade Paraolímpica. O Volteio Eqüestre Adaptado, provavelmente terá um progresso bem maior que o Adestramento Paraolímpico, pelos seguintes motivos:poderá ser praticado individualmente, em dupla e o mais importante, em equipe;a utilização de um mesmo cavalo por várias equipes, tornando a competição mais fácil de organizar e mais econômica em relação ao Adestramento;o numero de atletas beneficiados pela competição será bem maior, reforçando os conceitos de colaboração, respeito e espírito de equipe.

(Equitação Especial)