São quatro os principios determinantes da equitação centrada :
1. Olhos
2. Respiração
3. Centralismo
4. Cubos de construção
Leia em "Mais Informações"
1. Olhos
2. Respiração
3. Centralismo
4. Cubos de construção
Leia em "Mais Informações"
1 .Olhos
Olhos Duros - Com o cavalo parado, sentados tranquilamente focamos por exemplo uma letra do picadeiro e fixamos com os nossos olhos essa letra e concentramo-nos no perfil exacto da letra, forma, cor e densidade, a isto vamos chamar olhos duros.
Olhos Duros - Com o cavalo parado, sentados tranquilamente focamos por exemplo uma letra do picadeiro e fixamos com os nossos olhos essa letra e concentramo-nos no perfil exacto da letra, forma, cor e densidade, a isto vamos chamar olhos duros.
Olhos Suaves - Da mesma forma com o cavalo parado relaxamos os olhos e olhamos o mesmo objecto neste caso a letra mas de uma forma mais abrangente, com um ângulo o mais aberto possível e olhamos para cima e para baixo da letra, aumentamos assim o campo visual, ao que vamos chamar uma visão com olhos suaves.
Uma experiência interessante é a passo sem estribos, vamos alternar entre olhos duros e olhos suaves, para iniciar fixamos os olhos nas orelhas do cavalo, portanto numa visão concentrada, olhos duros, depois abrimos o campo de visão e passamos para olhos suaves, observando todo o espaço que se situa por cima do cavalo, a conclusão a que chegamos é que com uma visão suave temos mais facilidade em sentir o dorso do cavalo e daí podermos concluir, que utilizar uma visão suave é mais do que uma maneira de olhar mas também uma nova maneira de sentir o cavalo.
Pontos essenciais dos olhos suaves
• Montar com os olhos amplamente abertos e consciência periférica.
• Manter a consciência de todo o seu campo de visão.
• Permitir sentir sensações desde dentro.
Resultados dos olhos suaves
• Maior campo de visão.
• Aumento da consciência de si mesmo e do corpo do cavalo.
• Menos tensões.
• Movimento para a frente mais fácil e livre.
2.Respiração
Quando fazemos a respiração devemos pensar no diafragma, que é um poderoso músculo que cruza o corpo debaixo da caixa torácica, encontrando-se na frente e na base do externo é um dos maiores músculos do corpo humano.
Inspiração – o diafragma move-se para baixo criando um vazio nos pulmões.
Expiração – o diafragma relaxa-se e volta à sua posição de descanso, expulsando o ar.
Quando se pede para fazer uma respiração profunda, muitas pessoas fazem a expansão da caixa torácica para os lados e para cima o mais possível, esquecendo o diafragma, pois quando respiramos profundamente, devemos nos preocupar em baixar o mais possível o diafragma, com os ombros relaxados para as costelas se abrirem naturalmente juntamente com esse movimento e como consequência da entrada de ar os ombros vão se estender.Enquanto montamos podemos puxar da imaginação, com os olhos suaves tentar sentir a respiração baixar no seu corpo até à cintura seguindo depois para a pélvis, isto tem como finalidade fazermos uma respiração com o diafragma, também é mais fácil trabalharmos com imagens mentais do que trabalharmos a pensar concretamente nos músculos, por isso podemos imaginar que temos um tubo central ligado a dois tubos por onde circula a nossa respiração.
Pontos essenciais da respiração correta.
• Respirar através de todo o corpo.
• Respirar com ritmo e constantemente.
• Respirar com movimento de fole.
Resultados da respiração correta
• Reduzir a tensão do corpo.
• Tornar o corpo menos pesado.
• Baixar o centro de gravidade.
• Tranquilizar o cavalo, ser mais receptivo às ajudas
• O cavaleiro não se cansa facilmente.
3.Centralismo
Para controlar efectivamente o seu corpo e o corpo do cavalo, o cavaleiro deve encontrar o seu centro de gravidade, na generalidade dos casos, a tendência do cavaleiro é de ir para a frente e para cima, sendo também a respiração feita principalmente com o peito, fazendo com que aumente a nossa tensão e reduza a nossa mobilidade, elevando o nosso centro de gravidade, fazendo por isso o cavaleiro mais pesado na sua zona mais alta do que em baixo junto ao arreio, reduzindo por isso a coordenação do cavaleiro.
Com o abaixamento do centro de gravidade podemos superar essas dificuldades, geralmente o que acontece é que o cavaleiro encontra-se atrás do seu ponto de equilíbrio e atrás do movimento do cavalo, para encontrar o centro de gravidade basta simplesmente apontar o dedo num ponto entre o umbigo e o arco púbico, por trás desse ponto encontramos a parte frontal da coluna vertebral onde se encontra o ponto de equilíbrio e de energia.
Para se conseguir o controle vamos utilizar os olhos suaves, com uma respiração suave fazendo a respiração estender-se através do corpo todo do cavaleiro, imaginando um boneco sempre em pé, daqueles que tem uma base mais pesada que o resto do corpo, mas que voltam sempre ao equilíbrio depois de empurrarmos a sua parte superior, quando estamos a cavalo vamos de fazer o mesmo, ou seja vamos tentar pôr o peso do corpo o mais baixo possível para assim voltarmos ao equilíbrio sempre que o corpo se desequilibra.
Pontos essenciais da centralidade
• Encontrar o centro físico com a mão.
• Utilizar olhos suaves.
• Respirar através do centro.
• Deixar o pensamento cair no centro.
Resultados da Centralidade
• Estabelecer equilíbrio, controle e energia.
• O centro de gravidade é mais baixo.
• A parte superior do corpo parece mais ligeira, mais estável e mais fácil de controlar.
• O assento e as partes baixas parecem estar mais pesadas e seguros.
• Relaxam-se as tensões que bloqueiam os fluxos de energia através do corpo.
• Estar relaxado e preparado para os exercícios.
4.Cubos de Construção
As diferentes partes do corpo são como peças que se encaixam umas nas outras as quais estando em equilíbrio reduzem a tensão e o esforço muscular que se utiliza para manter o corpo numa posição correcta, sendo por isso fundamental que esses cubos imaginários se encontrem em equilíbrio uns em cima dos outros.O cubo de construção é formado pelas seguintes partes.
• Base é formada pelas pernas e pés.
• Parte pélvica.
• Caixa torácica.
• Ombros.
• Cabeça e pescoço.
Para os cubos estarem bem alinhados, devemos fazer passar uma linha imaginária, que parte da orelha e que vai dividir o perfil do cavaleiro em duas partes iguais, no cubo da base essa linha deve passar no tornozelo, relativamente ao salto e ao galope em suspensão, vamos ter outro centro de gravidade pois as ancas ficam atrás do centro de gravidade para compensar o avanço da cabeça e ombros.
Quando as pernas estão numa boa posição os pés devem somente descansar sobre os estribos, numa posição aproximada do plano, sendo a altura dos estribos relacionada com o trabalho pretendido, se for para o plano eles devem estar numa altura em que o pé se apoia no estribo levemente, se for para saltar ou galopar em velocidade devem ser subidos pois o corpo do cavaleiro também vai ter um equilíbrio mais para a frente do centro de gravidade.
A cilha também tem muita importância no equilíbrio do cavaleiro, ela deve estar bem posicionada e adaptar-se bem na conformação física do cavalo, também, não deve escorregar alterando assim a posição do cavaleiro.
Pontos essenciais dos cubos de construção
• Corpo equilibrado desde os pés até à cabeça.
• Estribos bem ajustados.
• Cilha equilibrada correctamente.
Resultado dos cubos de construção
• Equilíbrio uniforme com o movimento do cavalo.
• Movimento fluido e cómodo do cavalo.
Para aproximarmos o centro de gravidade entre o cavalo e o cavaleiro, devemos procurar no trote sentado o movimento em que vamos ao arreio com mais suavidade.
Exercício – Trotar sentado um tempo e dois tempos levantado sobre os estribos, repetindo a sequência, caso consiga vai dar ideia de estar a dançar no movimento do cavalo, caso contrário se estiver com dificuldades no exercício, vê-se obrigado a permanecer sentado mais que um tempo dando golpes no dorso do cavalo, em cada elevação do trote levantado o cavaleiro deve imaginar que tem uma mola preza ao seu cinto que o puxa diagonalmente para cima e para a frente em direção ao céu.